Sábado – 18/12/2010

DE TRIVELASem perdãoConfesso que tive enormes dificuldades para escrever a coluna. Ainda estou como a imensa nação colorada: aturdido, irritado e principalmente inconformado.  Resignado porque a direção colorada...

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DE TRIVELA
Sem perdão
Confesso que tive enormes dificuldades para escrever a coluna. Ainda estou como a imensa nação colorada: aturdido, irritado e principalmente inconformado.  Resignado porque a direção colorada foi conivente com as ações da comissão técnica. Jamais houve cobranças.
Em novembro, alertei na minha modesta coluna que a decisão dos cartolas (a pedido do treinador) em abdicar-se da luta pelo título poupando os jogadores titulares não era uma boa ideia. Quem manda no clube achou melhor se preparar adequadamente para o mundial! Que tipo de planejamento foi esse? Um plano que poupa seus jogadores ao invés de proporcionar entrosamento e ritmo não tem como dar certo. A estratégia adotada pelo clube foi ridícula, amadora.
O fiasco
Toda derrota causa dor, desconforto e tristeza. A que aconteceu na fatídica tarde de terça-feira foi vexatória, um fiasco do tamanho do Rio Grande.  Jamais se pode aceitar que um time da grandeza do Sport Clube Internacional caia diante de um adversário fraco, desconhecido e inócuo. Mesmo assim, a equipe colorada conseguiu a proeza de ser pior que os africanos. Nada a contestar. O time foi incompetente em todos os sentidos e quando se é incapaz, acontece o castigo.
Justificativas
De que forma se explica o inexplicável? Simples, muito simples. Basta apenas falar a verdade e admitir os erros. Faz tempo que a equipe colorada não consegue ter boas exibições, não é de agora.
O ataque é uma caricatura, mas o homem absurdamente mantinha Alecsandro na equipe, um centro avante ultrapassado, omisso, lento e desinteressado.  A zaga confusa, como todo resto do time e a meia-cancha não existiu. As justificativas são várias, porém inúteis para consolar o povo vermelho.
Futuro
Eu sei que os novos dirigentes do Internacional não podem nem devem tomar decisões precipitadas que possam comprometer o futuro do clube. Mas as mudanças terão que ocorrer. Qualquer leigo sabe que o ciclo do técnico Celso Roth terminou definitivamente no Internacional.  Não há clima para sua conservação no comando técnico da equipe. E, mesmo que a direção surpreenda e opta pela sua continuidade, não acredito que Roth tenha competência suficiente para mobilizar um time extremamente abatido.
E a rejeição dos torcedores?  Todos os colorados conscientes querem Roth bem longe do Beira-Rio. Vamos ser justos: Roth em quatro jogos ganhou a Libertadores em um acidente da natureza, se estivesse desde o começo, certamente fracassaria. Em Abu Dhabi, em sua grande oportunidade de consagrar-se profissionalmente, naufragou nas suas incertezas.
Como acreditar em um profissional que deixa o melhor jogador e goleador das Américas no banco de reservas? E o esquema tático? Até agora está indefinido. E os dossiês do adversário africano? E as substituições equivocadas? 
É, Celso Roth, desta vez o senhor se superou. Não tem possibilidades de ficar, a menos que Giovanni Luigi seja maluco em bancar a sua permanência.
Pensamento
“Não se preocupe em entender, viver ultrapassa todo entendimento.” (Clarice Lispector).

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