“Uma das maiores alegrias da vida vem dos nossos relacionamentos com os outros.” Jones, S. S., escritora e palestrante norte-americana.
O começo da história de cada um de nós, olhando da distância de hoje, pode nos parecer sem grandes emoções, embora sintamos que foi um grande momento de nossas vidas. – Tão significativo que, por mais que nos aprofundemos em nossos caminhos e vivamos as mais variadas e extraordinárias experiências, nos momentos de solitude e reflexão, sentimos uma profunda nostalgia daqueles distantes e acalantados dias. Por estranho que possa nos parecer, esse estágio de nossas vidas é um momento de profunda e sólida construção das bases daquilo que seremos.
Vendo o ser humano desse perfil iniciático, àquele que será no futuro, concluiremos naturalmente que as comunidades somente encontrarão equilíbrio nos seus relacionamentos quando todo o homem e toda a mulher estiverem plenamente preparados para constituírem família e terem a capacidade moral, psicológica e financeira de serem pais.
Parece-nos paradoxal e instigante quando lembramos a máxima de que… “O homem tem de transformar-se em criança, antes de entrar no reino dos céus”, quando esse mesmo homem já foi uma criança. Desvencilhando-nos de conjeturas sobre tais indagações, não nos escapa à sensibilidade a importância desse momento estruturante de nossas vidas, onde se consolidarão as bases do nosso modo de agir em relação ao nosso semelhante e ao nosso meio pela vida afora, de forma equilibrada e justa, na busca permanente da paz social.
Com certeza não podemos nos fazer passar por desinformados ou mentecaptos para fingir não sabermos que o sistema atual que rege as comunidades mundiais não está preparado ou interessado em mudar os rumos das relações pessoais e comunitárias. Lamentavelmente os governos estão mais envolvidos na política midiática e imediata, sem profundidade nas questões e soluções de fundo, então investem o grosso dos recursos dos erários públicos em artefatos bélicos, em detrimento da educação, saúde e bem estar dos seus concidadãos.
Nas ações dos homens há ausência daquilo que deveriam ter recebido em suas infâncias ou, se receberam, não assimilaram. Então, todos sofrem; uns de privações, humilhação e fome; outros de pesadelos, inquietudes e medos.
Em suma, na aurora de uma nova era que deverá ser de esplendor e alegria, construída pelas nossas relações, constatamos o homem se agigantando para combater o próprio homem, numa total negação do espírito de solidariedade na construção da harmonia e da paz social. Então nos perguntamos… Por onde andam e o que fazem nossas crianças e jovens?