“Predador a vista”

Na foto do Retrato Cotidiano, mostramos uma destas moradias em um momento nada tranquilo para as “cocotas” que ali habitam.

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O gavião e as catoritas do Aeroporto (3) (Copy)Não são apenas passageiros, funcionários e aviões que ocupam a área do Aeroporto Sepé Tiaraju, as caturritas ou maritacas também utilizam as torres e árvores do local para fazer grandes ninhos, que são compartilhados por mais de um casal da espécie.
Na foto do Retrato Cotidiano, mostramos uma destas moradias em um momento nada tranquilo para as “cocotas” que ali habitam. Um jovem gavião, que é o principal predador das caturritas, aproximou-se de um dos ninhos, em busca de capturar uma presa.
Enquanto algumas caturritas saíram em “asas pra que te quero”, alarmando a vizinhança sobre a presença do intruso, outras preferiram permanecer próximas, guarnecendo o ninho.
Além do Aeroporto, outros locais na zona urbana têm sido utilizados como base para os ninhos desta espécie de aves, como a Praça do Tamoio, em que as caturritas utilizaram as estruturas de iluminação para construir as moradias, que são feitas de gravetos.
Além disso, são construídas de forma comunitária, servindo de casa para várias “cocotocas”. Os ninhos não são usados apenas durante o período de reprodução da espécie, mas também o ano todo, para moradia e proteção contra as chuvas e baixas temperaturas.
A Myiopsitta Monachus (nome cientifico das caturritas), é o periquito mais conhecido na região sul do Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai. Com uma coloração verde vivo nas penas, mesclado de tons acinzentados, o animal também é criado como Pet, devido ao seu dom de aprender a repetir palavras, o que permitiu que a espécie se espalhasse por alguns locais raramente encontrados, como a Europa e Estados Unidos.
Com a redução do habitat natural estas aves têm sido encontradas de forma cada vez mais frequente em zonas urbanas, além disso, são temidas por alguns agricultores devido à destruição que podem causar em lavouras, principalmente de milho.

Caturrita, Cocota
ou maritaca
Segundo o site Wiki Aves, esse tipo de passáro possuí vários nomes. Dependendo a região, são conhecidas como maritacas, caturritas, catorras, cocotas ou até mesmo periquito barroso. Reproduz-se entre julho e dezembro e é a única espécie de psitacídeos que constrói o seu próprio ninho. Todos os outros membros do grupo (papagaios, araras, etc.) fazem ninhos em buracos ocos de árvores, barrancos ou cupinzeiros.
As fêmeas chegam a pôr 11 ovos por postura, sendo que cerca de 7 dos filhotes conseguem chegar à idade adulta e podem viver entre 15 e 20 anos. Outro fato curioso é de que estes animais consumam viver em casais ou bandos de 15 a 50 indivíduos, chegando até mesmo a bandos de 100 aves, principalmente em áreas rurais.

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