A arte de misturar os ingredientes, manipular a massa e temperar o forno resulta no mais tradicional e aromático alimento matinal dos santo-angelenses, o pão. Poucos jovens se dedicam a esta milenar arte, mas é uma profissão muito requisitada. Falamos com dois padeiros da Padaria Avenida, a Padaria do Nico, para conhecermos um pouco mais sobre a rotina dos panificadores.
Edson dos Santos, 45 anos de idade, trabalha fabricando pães desde os 13, portanto, são 32 anos dedicados a profissão. Marcos Batista tem 35 de idade e 18 de profissão. Eles falam do ofício enquanto manipulam com agilidade a massa que vai para a forma e ao forno em seguida, destacando os detalhes necessários para resultar em um bom pão.
“Qual o jovem que escolhe ser padeiro hoje em dia?” Perguntou Marcos explicando que eles acordam cedo, por volta das 5h da manhã para iniciar a rotina de trabalho. Faça chuva ou faça sol, frio ou calor o pão fica pronto na hora certa, no tamanho e na textura que o cliente gosta.
Portanto, disciplina é um dos predicados necessários para prosperar na profissão. “Quantas famílias vão se alimentar com os pães que preparamos aqui na padaria? É uma responsabilidade…” fala Edson enquanto dá formato aos pães com as mãos.
Os profissionais defendem o ofício com dignidade e compreendem que fazer um pão do modo tradicional, formatado na mão, ainda é a melhor opção para manter a qualidade final do produto, o crescimento padrão, a crocância e as características que agradam os clientes da padaria.
Não basta ter uma receita, é preciso também reconhecer a temperatura ambiente, as diferentes texturas dos ingredientes para aprimorar a técnica de manipulação da massa. “Não se aprende do dia para a noite é necessário experiência” finalizaram os padeiros destacando os detalhes que fazem a massa crescer na medida e tempo certo.
Aprender todo o processo de confeccionar pão do modo tradicional pode demorar anos e por isso pode ser considerada uma arte, que só domina quem tem sabedoria adquirida com a prática e a observação.