“Tenha coragem de seguir seu coração e a sua intuição. Eles, de algum modo, já sabem o que você realmente quer ser.” Steve Jobs
Quando crianças aprendemos o inapreensível na simplicidade do viver, quando nos dizem que “isso é coisa de Deus”. É o que basta. Mas crescemos e, com isso, esquecemos a singularidade e razão de ser das coisas e, então, perdemos muito da nossa originalidade, – de um clichê que as brumas do tempo apagam à visão objetiva. Então já não mais só perquirimos sobre as coisas, mas, também, sobre a própria divindade.
Os homens e mulheres deste planeta cresceram… E cresceram tanto que não mais cabem dentro de si, então inventaram a safadeza. A “arte” da espoliação, do trambique, da perversidade. Esqueceram sua origem angelical e escaparam do ritmo harmônico do cadenciar das estrelas, criando a “Torre de Babel” da modernidade. Já não mais temos ouvidos para divisar os sons das criaturas aladas e etéreas.
Jobs, na sua simplicidade alegre e solta, trouxe ao mundo tantas benesses, que confundimos com a luz do sol que a todos conforta, e com o ar que a todos alenta. Pois, parece que ele apenas descortinou uma realidade que estava aí e não víamos e que recebemos com se fosse coisa natural, de Deus.
Parodiando esse princípio da singularidade das coisas, o próprio Jobs pautava suas ideias e, talvez, daí o seu gênio, na intuição. Neste tempo que é nosso, sabemos que Jobs andava por aí, como Jesus também noutros tempos andou, mas sabemos que, tanto um como outro, foram estrelas que, de tempo em tempo, rasgam o firmamento e deixam-nos aquele raio de luz que nunca, jamais, apagar-se-á de nossas mentes e corações.
Todos nós carregamos, em nosso contexto universal, meteoritos e estrelas cadentes, que nos desassossegam e angustiam, pois são perdas que sofremos e, se com isso, sentimo-nos espoliados de alguns valores. Então, em nossas agruras e solitude, haveremos de buscar o exemplo dos gênios que mudaram a nossa história e que viveram entre nós com a bravura de heróis, a espontaneidade da singularidade e a naturalidade da benquerença, lengando-nos, até no morrer, exemplos da inefabilidade da vida.
Agora, choramos o choro contido numa lágrima profunda, que nos dói. Não! Não choramos por nossos heróis e deuses, mas por nós mesmos. – Um pouco por nossa orfandade, outro por nossa miséria. Estamos enlutados e tristes e, por mais que choremos, sabemos que não, jamais, derramaremos a última lágrima. A mais pesada, que se impregna no imo e nunca verterá. A lágrima da perda. Da ausência eterna, que é e também não é.
“A morte é, provavelmente, a melhor invenção da vida.” Jobs