Comissão organizadora da Fenamilho Internacional realizou um debate sobre o modelo de gestão financeira da feira, falou-se sobre o sucesso de público e de negócios, dos investimentos públicos realizados no Parque, mas principalmente, sobre o resultado financeiro contábil, que mais uma vez, não resultou em números positivos.
Mesmo com o sucesso no público e nos fechamentos de negócios, o saldo entre receita e despesa da administração, resultou negativo, por conta de dívidas de anos anteriores, promessas de patrocínio não cumpridas, até mesmo, uma autocrítica que detectou a falta de instrumentos para administrar os recursos obtidos com a venda de ingressos, espaços e patrocínios.
Na percepção do Presidente da Comissão Central, Luís Alberto Voese, houve um empate técnico, embora a receita não tenha superado a despesa, do modo esperado, o saldo negativo de quase R$ 730 mil, foi justificado com inesperadas receitas que deixaram de entrar de patrocinadores e também gastos administrativos obrigatórios, geradas em anos anteriores.
Por outro lado, o déficit contábil é maior que os R$ 730 mil, pois o histórico administrativo da feira acumula um passivo negativo de R$ 1,28 milhão. Diante deste cenário, foi travado o debate e apresentado um modelo de gestão financeira, com o qual cria-se uma comissão especial para gerenciar os recursos financeiros dos próximos eventos.
Essa apresentação foi conduzida por Mauro Tschiedel, juntamente com outros representantes de entidades que compõe a comissão organizadora da feira. Primeiramente foi concluído que é necessário iniciar um novo ciclo administrativo, com mais consciência do potencial financeiro e estatístico. Pois só deste modo será possível apoiar as decisões políticas tomadas pela administração central.
Foi então, que apresentou-se um conjunto de ferramentas para minimizar os gastos e permitir que não ultrapassem a receita. Regras mais rígidas no controle de exceções e concessões de benefícios, como por exemplo, fornecimento de credenciais, espaços com descontos, estacionamento gratuito, entre outras regras. Além disso, um modelo de vendas mais adequado a realidade do evento, com a categorização dos espaços, classificados e valorandos conforme a possibilidade de retorno para o expositor.
Acredita-se que é possível realizar uma administração mais consciente dos recursos disponíveis e menos sujeita a questões subjetivas, interrompendo o ciclo de prejuízos, que assombram a administração de praticamente todas as edições da Fenamilho.
Observou-se que nessa gestão foi organizada, pela primeira vez, o estatuto da entidade e uma nova assembleia será realizada, no dia 16 de outubro, para fazer ajustes e eleger a presidência da Fenamilho 21ª edição.
Edição – Marcos Demeneghi