Os professores estaduais decidiram em assembleia geral na terça-feira, dia 14, acabar com a greve que começou em 18 de novembro. A plenária ocorreu em uma escola na zona norte de Porto Alegre.
O calendário de recuperação divulgado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) prevê que as atividades irão até 27 de fevereiro nos estabelecimentos que estavam completamente em greve para repor 37 dias de aula. Depois disso, os professores e funcionários terão 30 dias de férias. O ano letivo de 2020 deve começar no fim de março nesses locais.
Convocada pelo CPERS/Sindicato, a assembleia reuniu representantes dos 42 núcleos do sindicato no pátio do Colégio Cândido José de Godói.
Quanto ao corte do ponto dos grevistas, que foi feito pelo governo, a direção disse esperar pelo “bom senso” do governo. “Vamos recuperar as aulas e encerrar o ano letivo. Mas queremos o que é nosso por direito: o salário pelos serviços prestados sem qualquer desconto. Não somos escravos para trabalhar de graça”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
A categoria decidiu ainda que deve parar em 27 de janeiro, caso sejam colocados em votação os projetos do governo Eduardo Leite que mexem com a carreira.
GOVERNADOR APRESENTA NOVA PROPOSTA DE REFORMA DO MAGISTÉRIO
O governador Eduardo Leite apresentou, na manhã desta quarta-feira, dia 15, uma nova proposta de reforma do Magistério.
O projeto contempla as mudanças propostas inicialmente no Projeto de Lei 507, entre elas remuneração dos professores na modalidade de subsídio e novo plano de carreira, com estrutura de níveis de acordo com a formação de cada um, incorporando uma nova tabela de dispersão de níveis e classes, além de aplicar a todos os níveis o reajuste de 12,84% do novo piso nacional do Magistério.