Quando uma ação pedagógica ultrapassa os portões da escola

Frases poéticas inscritas em placas artesanais implantadas em um trecho da Av. Venâncio Aires inspiram quem caminha ou passa por aquela via pública

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A Professora Dania Maria Hannel e os alunos do quarto ao nono ano da Escola Estadual Madre Catarina Lépori desenvolveram vários projetos que tem como princípio a sustentabilidade, o respeito ao próximo e a natureza. Em todo o pátio da escola e no canteiro central da Av. Venâncio Aires é possível perceber o resultado concreto desta ação, o visual de placas artesanais e com frases de reflexão promove a interação com os moradores da cidade.

Nos espaços de convivência da escola foram projetados, bancos, floreiras, cultivos de ervas medicinais e decorações alternativas. Tudo feito com material reaproveitado: paletes, carreteis de fiação, embalagens de produtos químicos, madeira de demolição, entre outros.

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A professora Dânia tem 66 anos e aposentou-se em novembro, mas deixou o exemplo de ação que integra teoria e prática no processo pedagógico. Responsável pela disciplina de ciências desenvolveu uma série de ações pedagógicas concretas e disse que todo trabalho é possível de ser realizado desde que seja mostrado para a criança o valor que a ação tem, na opinião da professora, isso colabora para que eles queiram fazer o trabalho. “Passe para eles o entusiasmo que você tem e conseguirá desenvolver ou colocar em prática bons projetos, desde que acredite na força da nossa profissão e ame aquilo que faz”.

O projeto das placas da Avenida levou três meses para ser concluído: “Primeiro lemos o livro do Bráulio Bressa, depois juntamos as tábuas, pedimos a doação de restos de tintas, contamos com a boa vontade de alunos que podiam vir no turno inverso para escrever e então pintamos” descreveu a professora.Os alunos maiores pregaram as tábuas nas estacas e os alunos do 4° ao 8° ano as colocaram na avenida.

“A escolha das frases iniciou com sugestões deles (pedi como tarefa), depois, como tínhamos o projeto sobre a PAZ, mostrei para eles um cordel do Bráulio sobre redes sociais (ciências não é fácil se encaixar em certos projetos) aí eles gostaram tanto do livro que começaram a me pedir emprestado e aí para as placas, foi um pulo”.

O objetivo maior foi semear a PAZ. Proporcionar às pessoas momentos de reflexão ao caminharem, também queríamos difundir o sentimento de esperança para as crianças. E, por fim, não nego, meu objetivo também é promover essa escola que me fez tão feliz.

Outra curiosidade encontrada no pátio da escola é o Relógio do Corpo Humano. Consiste em um sistema de plantio de espécies medicinais, no qual o formato do horto indica os horários de maior atividade de cada órgão e quais as plantas recomendadas para tratamento de doenças específicas.

 

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ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL
Para as crianças do primeiro ao quinto ano as atividades escolares são em tempo integral e esta política pública e administrativa também incentivou que os alunos dos quintos anos participassem deste projeto, pois o tempo de estudo nesta modalidade de ensino permite que a professora possa administrar melhor as atividades complementares.
No entanto, estas intervenções na rua e nos espaços comuns da escola também foram desenvolvidas com os alunos do tempo regular, do sexto ao nono ano.

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1 comentário

  1. A didática das plantas - Jornal e Revista O Mensageiro Responder

    […] vasos e ladeiras. Dânia também foi notícia aqui no Mensageiro com a matéria que teve o título “Quando uma ação pedagógica ultrapassa os portões da escola”. Frases poéticas inscritas em placas artesanais implantadas em um trecho da Av. Venâncio Aires […]