O Lar da Velhice Suzana Wesley em Santo Ângelo acolhe vovós há 53 anos. Foi fundada em 1967 com o objetivo de abrigar idosas em vulnerabilidade social. Durante 26 anos contou o trabalho de D. Elisa Medeiros, que voluntariamente abraçou a causa destas mulheres ofertando mais do que um abrigo, manteve uma relação de afetividade e liderança junto a comunidade.
Naqueles anos, conseguiu autorização da Igreja Metodista de Santo Ângelo para usar uma capela localizada na Av. Sete de Setembro, próximo da rodoviária, para transformar em uma espécie de casa de abrigo para as vovós. Foi assim que se consolidou o Lar da Velhice Suzana Wesley, nome que faz uma homenagem a mãe do Metodismo, assim chamada, porque foi a inspiração de seu filho, John Wesley, um clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista, um dos maiores avivacionistas do cristianismo na Grã-Bretanha.”
Para manter o lar no passado, Elisa Medeiros fazia campanhas por meio de “carnês” de contribuição quando faltava dinheiro para manter a casa. A solidariedade dos vizinhos e da comunidade em geral, fazia a diferença para a vida do lar.
QUEM CUIDA DO LAR HOJE?
D. Elisa já é falecida, mas deixou seu exemplo de dedicação. Sua neta, Anelise Strohschoen, ainda mantém uma relação com a administração deste lugar, cuida da diretoria executiva do lar e presta serviço profissional de apoio a diretoria social composta pelo presidente: Darci Silveira; vice-presidente, Gilberto Wisniewski; Diretores financeiros: Ísis Cabelera Pinto e Pastor Alexandro.
Mesmo com a união destas pessoas que voluntariamente doam o seu tempo e conhecimento pela causa do lar, existe um certo grau de dependência da solidariedade da comunidade, pois os recursos para manter este projeto são cada vez mais escassos.
QUEM MORA NO LAR E QUAL O CUSTO?
Moram no lar, atualmente, 22 idosas entre 60 e 100 anos, a diretoria estima um gasto mensal aproximado de R$ 2,5 mil por idosa, pois a maioria destas mulheres já possui algum tipo de dependência de terceiros para realizarem tarefas comuns como ingerir alimentação, tomar banho, mobilidade entre um cômodo e outro. Administrar o Lar Suzana Wesley exigiu adequações a rígidas normas legais e tornou-se mais oneroso e difícil de administrar.
A estrutura funciona nas 24h do dia e na maioria dos casos, esta organização solidária desempenha o papel da família, pois necessita inclusive, contratar profissionais para acompanhar no momento de internações hospitalares, pois a grande parte não possui mais o vínculo familiar e raramente recebe algum tipo de visita.
Nos últimos anos foi montada uma equipe multifuncional e o quadro profissional é composto por assistente social, cuidadoras, enfermeiras, auxiliares de enfermagem totalizando 11 colaboradores, somando-se ainda, aqueles que contribuem voluntariamente para a manutenção do lar.
Fechar as contas e pagar toda a despesa se tornou um desafio, embora não seja mais com os carnês que a conta consegue ser equalizada, o orçamento ainda depende das doações e da realização de campanhas. Os recursos vindos da aposentadoria das idosas, convênio com a prefeitura e participação em projetos solidários não são suficientes. Por conseguinte, o que não deixa o lar fechar as portas é a generosidade das pessoas que aderem às campanhas e não deixam faltar alimento na mesa das vovós e nem mesmo insumos básicos para a higiene e saúde das moradoras.
Quem puder colaborar com esta organização solidária pode fazer um depósito na conta do Banco do Brasil: Agência 0138-4 – Conta Corrente: 5.381-3 (Lar da Velhice Suzana Wesley). Os administradores manifestam a gratidão pelas contribuições e destacam que pode ser um valor baixo, pois todo e qualquer quantia ajuda imensamente na manutenção destas vovós.