O Ministério do Meio Ambiente confirmou na sexta-feira, 27, a liberação de um recurso na ordem de R$ 1.272.964,60 para Santo Ângelo. Essa verba, a fundo perdido, será investida na coleta seletiva, triagem e destinação final dos resíduos sólidos.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco da Silva Medeiros, o recurso atende ao Projeto Coleta Mais Limpa, que foi desenvolvido com o objetivo de melhorar o gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Esse projeto prevê a compra de equipamentos e de serviços para melhorar a segregação, o recolhimento e a reciclagem dos resíduos sólidos domiciliares.
Serão adquiridos dois caminhões baú para a coleta voluntária do lixo seco na área central e mais um caminhão para o recolhimento do lixo no interior. Também será comprado um trator com implementos para empurrar e carregar bags pela Associação Ecos do Verde e prensas enfardadeiras. Tudo adequado às normas regulamentadoras da segurança do trabalho. Outra aquisição destaca pelo secretário são os conjuntos de lixeiras de coletas seletivas para todos os órgãos municipais.
Segundo o secretário, o Governo Municipal desenvolve projetos na área de resíduos sólidos, como a coleta seletiva, a triagem dos resíduos, a coleta de resíduos sólidos de saúde, e o envio destes resíduos para destinação final ambientalmente adequada. “Ainda enfrentamos problemas quanto à segregação na fonte, a capacidade limitada de triagem e a dificuldade de coleta em área rurais”, salienta. Ele ainda cita os elevados custos para os contribuintes referentes à destinação dos resíduos, o que alcançou cerca de R$ 6 milhões em 2018.
Santo Ângelo possui o sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e disponibiliza uma estação de triagem. Entretanto, acaba destinando para o aterro sanitário 16 mil toneladas anualmente. “Isso gera enormes custos para o governo municipal e para os contribuintes. São necessárias ações para tornar a coleta seletiva mais eficiente, e para que a central de triagem tenha capacidade de segregar um maior volume de resíduos, diminuindo a quantidade destinada para o aterro sanitário e gerando renda para os colaboradores da central”, afirma o prefeito Jacques Barbosa.
O projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) atende os objetivos da Lei Federal Nº 12.305/2010, contribuindo para o aumento na reciclagem, e também ajuda na inclusão social dos Associados da Ecos do Verde, formada por pessoas de baixa renda que atuam como catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.
Outra justificativa é o “Programa Nacional Lixão Zero”, que propõe em seu plano de ação a ampliação da coleta seletiva e o aumento da reciclagem de resíduos sólidos secos. Em Santo Ângelo, o programa atenderá 36 colaboradores da Associação de Reciclagem e Educação Ambiental Ecos do Verde, além do comércio e os grandes geradores de resíduos recicláveis do Município de Santo Ângelo, que somam 4.420 estabelecimentos; a comunidade rural de Santo Ângelo e 47 Escolas Municipais, somando 5.720 alunos. E de maneira indireta toda a população.