Patrimônio Público está ocioso e criando mato

Espaço elaborado para a recreação e lazer dos Servidores da Prefeitura de Santo Ângelo está em desuso, como consequência, o mato cresce e as instalações prediais apresentam sinais...

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A antiga sede campestre da SIMSA – Sindicato dos Municipários de Santo Ângelo está em estado de abandono. Além da vegetação que cresce na área e o desperdício de uso da infraestrutura das instalações, o lugar corre constante risco de invasão, inclusive por usuários de droga, fato que gera insegurança para os moradores. A situação se agravou a partir de 2012, quando a direção do sindicato da época tinha dificuldades de gerir a sede e devolveu a área para a Administração Municipal.
A sede campestre possui uma cancha de bocha, um salão com banheiros e espaço para cozinha, campo de futebol (invadido por ervas daninhas) e uma área de camping, entre outras instalações.

Espaço entre a cancha de bocha e o salão social - Foto - Marcos Demeneghi
Espaço entre a cancha de bocha e o salão social – Foto – Marcos Demeneghi

Devolução do patrimônio
A atual representante do sindicato, Marisa de Fátima Carvalho, esclarece que no ano de 2012, na Gestão de Volmari Carneiro, foram realizados as assembleias e trâmites necessários para formalizar a devolução desta área para a prefeitura, no entanto, Marisa defende a ideia de utilizá-la para um projeto habitacional que beneficie os servidores públicos.
Naqueles anos a direção do sindicato alegou falta de condições financeiras para gerir o espaço e arcar com as contas de água, luz. A atual presidente afirma que já realizou audiências com a Administração Municipal que ficou de analisar o caso.
Marisa compreende que todo o investimento realizado ao longo dos anos, por esta classe de servidores públicos, não pode ser desperdiçado. A sindicalista reforça a ideia de retomada da posse legal para realizar um projeto voltado para os servidores.

Tentativa recente de manutenção e uso
No ano de 2019 a Associação de Moradores do Bairro Sagrada Família aproveitou a ociosidade do espaço para realizar um projeto social em que eram ministradas oficinas de capoeira, danças urbanas, teatro com a colaboração de voluntários. Neste período a sede serviu para a realização de confraternizações comunitárias.
Houve o engajamento das pessoas da comunidade e um grupo de 50 crianças e adolescentes frequentavam as atividades, principalmente nos sábados pela manhã. Em contrapartida, mantinham o corte da grama e a limpeza mínima daquele espaço campestre.
Estas atividades eram orientadas pelo líder comunitário Ademar Bardo, que foi eleito como presidente da associação pelos moradores, na visão desta liderança, sem a posse da sede os moradores não têm a liberdade de administrar projetos e firmar parcerias. Portanto, na opinião destes moradores eles não podem investir recursos próprios na manutenção, pois não sendo proprietários do lugar correrem o risco de perderem todo o esforço por falta de regulamentação.
Enquanto não é definido um uso que atenda os anseios dos moradores, servidores público e prefeitura, os conflitos de interesse continuam, em consequência disso, o mato cresce e o patrimônio fica cada vez mais deteriorado.

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