A MULHER, O HOMEM E O CÓSMICO

“O ontem foi – jaz nas brumas do tempo. O hoje é. E o amanhã será. Talvez!”Diz a sabedoria antiga que “o homem é argila e palha.” Nascemos...

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“O ontem foi – jaz nas brumas do tempo. O hoje é. E o amanhã será. Talvez!”
Diz a sabedoria antiga que “o homem é argila e palha.” Nascemos e nos criamos sabendo que o homem é o termo designativo da espécie humana. No entanto, modernamente, o homem é o gênero masculino da espécie, e a mulher é o feminino. Mais de dez anos sustentamos esta coluna com o designativo “homem” para a humanidade. Com a tendência evolucionária, doravante designaremos “A mulher, o homem e o cósmico”, a fim de que se conciliem os ânimos ou interpretações.
Lá na adolescência ingressamos na senda do ioga, que nos levou ao rosacrucianismo, quando aprendemos que o tripé é o sustentáculo perfeito para toda e qualquer iniciativa. Tanto que na filosofia rosa-cruz o triângulo é o símbolo maior, repositório do sagrado, pois dentro de si guarda ângulos perfeitos. E nisso também se baseia a fé cristã, com a Santíssima Trindade, que, por incrível que pareça, se reprisa na alma humana.
Comumente sabemos que o cósmico evola por sete planos, e estes são os estados por que passa o ser humano até atingir a perfeição. Num vislumbre da dimensão dessa cosmogonia talvez nos sintamos um pouco céticos, a ponto de pensarmos em desertar dos nossos bons princípios e, numa contradição a tudo de melhor por que até aqui pugnamos, radicalizarmos pelas veredas da descrença e do descaminho. Extraordinariamente nós somos assim – fogo, terra, água e ar, depois, o éter tripartite, e aí estão, simbolicamente, os sete planos do reino das deidades.
Deus é Deus por que é o mistério por que engatinhamos. E se nos entretermos pelos nossos caminhos, ou vagarmos por espaços perdidos, o problema é de cada um de nós, mas o nosso destino será nalgum milênio alcançado. E, enquanto isso não acontecer, nossa alma terá saudade, pois desse estado ela num tempo distante emanou para experienciar o que temos vivido e muito viveremos até que estejamos preparados como seres iluminados e, então, libertos.
Se Deus é infalível, nós não o somos. Por isso sempre haverá um talvez. No introito deste texto lemos “o amanhã será. Talvez! E isso é tudo o que nos entristece. Tortura a alma. Mas um dos princípios basilares da divindade foi dotar o ser humano do livre arbítrio. E toda essa convulsão a que presenciamos em todos os continentes da Terra, deve-se a isso – ao mau uso que se tem feito do livre arbítrio. Com raras exceções, somos ainda meninas e meninos mais que  pequeninos. Somos uns tristes. Então o poeta exclama:- “Meu Jesus, meu Jesus, deixai-nos ir a vós!” E arremata: “Meu Deus, a nossa liberdade é nossa escravidão.”

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