Sábado 03/09/2011

“Podemos escapar ao nosso destino? – Não. Podemos, sim, vivê-lo conscientemente.” Mago Setaou,  personagem de “A Dama de Abu-Simbel” Quando falamos em beleza, fealdade, miséria, opulência, fanatismo, indiferença,...

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“Podemos escapar ao nosso destino? – Não. Podemos, sim, vivê-lo conscientemente.” Mago Setaou,  personagem de “A Dama de Abu-Simbel”

Quando falamos em beleza, fealdade, miséria, opulência, fanatismo, indiferença, crença, ou descrença, parece-nos uma total abstração, sem face, sem destino, sem coração, mesmo que façamos uma idéia de cada termo. Pois, neste plano, avaliamos as palavras por conotações diferenciadas, dando-lhes, às vezes, um sentido volúvel, sem mote e passageiro. Normalmente não damos profundidade à criação mental que fazemos. E isto marca muito e, dependendo da interpretação de quem nos houve, podemos feri-lo. No entanto, como tudo que o que nos cerca, presenciamos a evolução ou, talvez, a involução dos seres, seja mineral ou orgânico, com grande probabilidade, também, do espiritual. O que nos leva a uma grande interrogação – será? Crendo ou não, ninguém se despe do seu invólucro material – derruído pela senectude e carcomido pelos germes e bactérias – colocando os “pés” no “reino da glória”. Isso é elementar. As religiões chamadas tradicionais sempre apregoaram “uma longa viagem” e “misteriosos caminhos”. Qualquer um de nós poderá se rebelar contra esse estado de coisas e teimar em continuar convivendo com os “mortais” neste plano das formas e conflitos, mas, como “um peixe fora dágua”, haverá de ser. – Pois pensa que é, mas não é e nem será enquanto assim persistir. Todos nós somos, mais e mais, escravos do tempo, que nos foge, então nos sentimos pequenos, acuados e não temos tempo para as coisas de Deus, para o espiritual. Mesmo não sabendo o nosso tempo, gastamos todo o tempo que temos com as coisas que um dia deixaremos, sem nunca termos apreendido a arte ou magia do viver, de forma equilibrada, consciente, sem medos, em um crescendo, na expectativa por novas descobertas no porvir. Por que falamos em porvir? Porque ele não nos pertence, mas ao amanhã. Então é apenas uma expectativa que temos. Mas, certamente, não será um porvir vazio e, por isso, haveremos de fazer “descobertas” sensacionais. E é isto o que nos aguça o “apetite”. Não, obviamente, dos temerosos, daqueles que só vêem trevas num túnel ilusório e com uma luz distante. – Quadro que retrata um presente estritamente materialista. Todos nós demonstramos apego ao presente, pois há muita coisa e sentimentos de coloridos diversos que nos prendem a este plano. Uns nobres, outros nem tanto, mas, por mais que queiramos, não podemos negar que o amanhã, com suas surpresas – as maravilhas que testemunham a grandeza de Deus -, nos inquietam e emocionam. Então, quando aí, teremos uma visão ampla e real  das nossas mazelas no mesmo planeta Terra, mas em estado e plano diverso.

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