Sindicato incentiva a implantação de pomares rurais

Este tipo de serviço entrega anualmente cerca de 700 exemplares de espécies diversas, mas principalmente, os citros como laranjas, limões e bergamotas, as videiras, nozes pecan, caquis, também...

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Mudas de árvores frutíferas adquiridas por meio do Sindicato dos Produtores Rurais de Santo Ângelo estão contribuindo para a formação de pomares domésticos no interior do município. Este tipo de serviço entrega anualmente cerca de 700 exemplares de espécies diversas, mas principalmente, os citros como laranjas, limões e bergamotas, as videiras, nozes pecan, caquis, também estão entre as mudas adquiridas.

Pomar da Edite em Distrito do Sossego
Pomar da Edite em Distrito do Sossego

A encomenda de árvores frutíferas intermediada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Ângelo é realizada anualmente em duas etapas, uma delas em maio e outra em julho. Esse trabalho atravessa décadas e proporciona que produtores obtenham mudas com qualidade superior, bem adaptadas ao clima da região e a preços mais baixos do que o praticado no comércio local. Só no mês de julho, cerca de 30 produtores retiraram mudas para compor seus pomares no interior do município.

Dona Edite Meotti é uma delas, adquire mudas para o seu pomar há pelo menos quatro anos. No Distrito do Sossego, ela tem um pomar com mudas de quatro anos, outro lote com frutíferas de dois anos e recentemente plantou mais uma remessa. O principal motivo desta produção é o consumo. Entre os cuidados de Edite com seu pomar podemos destacar a cobertura vegetal realizada com aveia, plantio de espécies consorciadas como mandioca, cebola, melão, diversas espécies de abóboras e ainda o cuidado com as armadilhas agroecológicas para proteger as frutíferas dos insetos. Neste pomar também foi realizado no plantio de espécies que oferecem a função de “quebra-vento”.

Pomar no Distrito do Sossego (4) (Copy)Oswaldino Lucca acredita que o sindicato já contribuiu com a implantação de pelo menos 10ha de frutíferas no município e reconhece que a função principal destes pomares não é comercial, mas sim para garantir a subsistência e a diversificação de cultura com a venda do excedente. A plantação de árvores frutíferas com destinação comercial é muito tímida no município.

A procura por assessoria no encaminhamento de projetos ligados a este setor é praticamente nula. Nesta avaliação, a incerteza na comercialização e a consequente falta de garantias do investimento estão entre os motivos que desestimulam o produtor, além de que, muitas espécies mais exigentes em relação ao clima, não estão adaptadas a nossa região.

 

Por outro lado, programas governamentais que incentivam a compra de alimentos produzidos localmente para a merenda escolar, são motivadores para a aquisição das mudas.

Texto e edição | Marcos Demeneghi

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