A permanência de uma matilha no espaço dedicado a separação do lixo já é considerada um problema para os cooperados da Ecos do Verde em Santo Ângelo, pois os animais inspiram cuidados com alimentação, doenças e alojamento, além disso, perturbam os vizinhos da área
Exatamente 34 cães, a maioria de médio a grande porte estão na área onde a Cooperativa Ecos do Verde faz a triagem do lixo urbano de Santo Ângelo. Recentemente três fêmeas procriaram o que resultou em mais 24 filhotes. Os cooperados conseguiram a adoção de 17 cãezinhos e o poder público está providenciando a castração das fêmeas. Sem um lar para morar os cães dão trabalho, despesa e até incomodam a vizinhança da área, um morador se queixa da algazarra dos cães ao atacar o gado.
A engenheira Ambiental Flávia Tomazi confirmou que ainda moram lá, 34 cães que podem ser adotados, inclusive, 4 dos filhotes restantes que nasceram há poucos meses. Duas cadelas ainda não foram castradas e aguardam a intervenção do poder público, que deve providenciar para as próximas semanas este procedimento que pode contribuir para interromper a procriação desta matilha.
De modo improvisado e até com a contribuição financeira dos cooperados, que ajudam na compra de ração e remédios, os animais são cuidados. Flavia também destacou o trabalho do departamento de saúde animal da prefeitura, que atendeu o pedido feito e está contribuindo com a manutenção dos animais com o fornecimento de ração. No entanto, lamenta que não haja mais espaço no canil mantido pela Prefeitura, pois não considera compatível com a rotina de trabalho dos cooperados a presença de tantos cachorros naquela área.
Flavia conta que os primeiros 04 cães chegaram com histórico de abandono, houve o caso de um cão doente que veio no caminhão do lixo. Fato que evidencia um problema recorrente em Santo Ângelo, que é o abandono de cães. No entanto, a problemática iniciou com a procriação e a falta de castração.
Texto, fotos e edição | Marcos Demeneghi