A população de Santo Ângelo cumpre parcialmente as medidas de afastamento social. Na quinta-feira, dia 2, estabelecimentos comerciais, como as Lojas Becker, atenderam clientes com aparente controle de entrada no fluxo, do mesmo modo, que lojas de ferragens, materiais de construção, entre outras que mantinham portas semiabertas e faixas de contenção na entrada das lojas.
Desde o início das medidas de afastamento social, os clientes dos supermercados não observam as regras e promovem aglomerações em setores de alimentos ou nas filas para passar os itens nos caixas, mesmo recebendo recomendações dos funcionários para manter o afastamento, realizam a rotina de compras na companhia dos filhos sem os critérios recomendados, idosos também se arriscam diariamente em horários de maior movimento.
Por outro lado, os carrinhos de comprar e sextos estão mais limpos e higienizados, as gerências destes estabelecimentos também estão proporcionando meios para que os clientes higienizem as mãos com álcool gel e, inclusive lavabos com água e sabão, além de medidas mais rígidas na higiene dos estabelecimentos.
O prefeito da cidade, Jacques Barbosa, administra a crise com pressão de todos os lados. O setor comercial, industrial e prestadores de serviços fazem pressão pela abertura e reinício das atividades, por outro lado, os especialistas em saúde advertem sobre os riscos de relaxamento nas medidas de afastamento social. Além disso, no momento em que se cogitava flexibilizar a abertura e reinício gradativo das atividades, ordens superiores do Governo do Estado proíbem a abertura do comércio, com exceções dos serviços considerados essenciais até o dia 15 de abril.
O prefeito pondera e esclarece que é necessário trabalhar com vários cenários. No quadro atual, sem casos no município, existe um tipo de cenário. Mas em caso de confirmação de caso ou mesmo de transmissão comunitária, as medidas teriam que ser outras, bem mais duras. “Temos que lembrar que no inverno normalmente nossos hospitais já lotam. E com o Coronavírus, como vamos agir? Temos que ter mais locais. Reforma e colocação de 40 leitos no HSA, Hospital Santa Izabel e Posto Militar do B Com. Mas não é do dia para noite, tem custo de R$ 500 mil mês. Mas não é só dinheiro. Difícil comprar materiais, equipamentos, médicos. Precisamos de um tempo, que praticamente inexiste”, relata o prefeito.
Cotidiano de Santo Ângelo – Movimento na cidade na última semana