Os orelhões eram indispensáveis nas décadas de 80 e 90. Agora, estão esquecidos e nem percebemos onde estão localizados em Santo Ângelo, mas eles existem. Próximo à entrada da Biblioteca Municipal, encontramos um telefone público. Houve um tempo em que possuir uma linha de telefone fixo em casa era sinal de status social, pois adquirir a instalação da linha demandava o pagamento de uma taxa alta para os padrões financeiros populares e poucas famílias tinham condições para manter este recurso em casa.
Nos anos 90 já era mais comum o telefone residencial e também veio para o Brasil os primeiros celulares. Mas populares mesmo, nestas décadas eram os telefones públicos, primeiramente usando a fixa e mais tarde os cartões magnéticos com crédito para fazer ligações. A chegada do celular se deu em 1990, mas ainda com preço muito elevado.
Segundo reportagem da Agencia Brasil por meio da Jornalista Carine Costa, a popularização do telefone celular no Brasil se deu no ano de 1996 com a introdução do Motorola StarTAC, e também foi nesta mesma época que a Nokia passou a dominar o mercado de celulares. Foi no ano 2000, que vieram os primeiros celulares com câmara. Dois anos depois, chegava o Blackberry, que revolucionou o mercado, afinal, já podia enviar e-mail. O dispositivo já não servia apenas para mandar mensagem ou ligar.
Mas a popularização dos smartphones se deu entre os anos de 2013 e 2016. Estudo da “Google Consumer Barometer”, divulgado no início de 2017, mostrou que em 2012, apenas 14% da população possuía smartphones. Em 2016, esse percentual atingiu 62%, o que indica um crescimento de quase 450% em cinco anos.
Uma pesquisa divulgada pela FGV e repercutida pela CNN Brasil, indica que atualmente em nosso país existem mais de um smartphone por habitante. São 242 milhões de celulares inteligentes em uso no país, que tem pouco mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE. A pesquisa mostra que, ao adicionar notebooks e tablets, são ao todo 352 milhões de dispositivos portáteis no Brasil, o equivalente a 1,6 por pessoa.
Mesmo assim, os orelhões ainda estão por aí esquecidos e escondidos, pois no cotidiano da cidade passam despercebidos, quase invisíveis.