Quase esquecidos, orelhões seguem em funcionamento

Apesar do declínio na sua popularidade devido à proliferação dos smartphones, os orelhões ainda desempenham um papel importante como uma alternativa de comunicação para aqueles que não têm...

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Apesar do declínio na sua popularidade devido à proliferação dos smartphones, os orelhões ainda desempenham um papel importante como uma alternativa de comunicação para aqueles que não têm acesso a dispositivos móveis ou cujos aparelhos estão descarregados ou sem sinal. Em áreas onde a cobertura de rede é irregular ou inexistente, os orelhões podem ser a única opção para realizar chamadas urgentes. Além disso, para algumas pessoas, especialmente as mais velhas, os orelhões evocam uma nostalgia de tempos passados e podem ser vistos como parte integrante da paisagem urbana, mesmo que agora passem despercebidos PAG05pela maioria.
Em Santo Ângelo
Os orelhões, que outrora foram indispensáveis nas décadas de 70, 80 e meados de 90, agora estão praticamente esquecidos em Santo Ângelo, embora ainda existam. Dois deles podem ser encontrados nas cercanias da Praça Castelo Branco na zona norte, porém não estão funcionando. Próximo ao Fórum também está localizado um orelhão, mas também em manutenção. Outro local que possui um posto telefônico é em frente ao INSS, estes em pleno funcionamento.
Em tempos passados, possuir uma linha telefônica fixa em casa era um símbolo de status social, dada a dificuldade e o custo elevado para sua instalação, algo que poucas famílias podiam arcar.
Nos anos 90, o telefone residencial tornou-se mais comum, e com ele vieram os primeiros celulares para o Brasil. No entanto, os telefones públicos eram populares, inicialmente operados com as famosas fichas telefônicas e mais tarde com cartões magnéticos pré-pagos.
A popularização dos celulares no Brasil começou em 1996, com a introdução do Motorola StarTAC, e foi neste período que a Nokia se tornou líder de mercado. Posteriormente, surgiram celulares com câmera em 2000 e, em 2002, o Blackberry, que revolucionou ao possibilitar o envio de e-mails.
A ascensão dos smartphones ocorreu entre 2013 e 2016, com um aumento significativo no número de usuários. Estudos mostram que em 2012, apenas 14% da população possuía smartphones, enquanto em 2016, esse número atingiu 62%, representando um crescimento de quase 450% em cinco anos. Atualmente, estima-se que existam mais de um smartphone por habitante no Brasil, totalizando 242 milhões de dispositivos em um país com pouco mais de 214 milhões de habitantes. Apesar disso, os orelhões permanecem presentes, mas muitas vezes passam despercebidos no cenário urbano.

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