O que é broncopneumonia após infecção por H1N1, causa da morte de Silvio Santos

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Segundo hospital, Silvio Santos morreu neste sábado (17/8), aos 93 anos, devido a uma "broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1)"

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Segundo o hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde Silvio Santos estava internado, o apresentador e empresário, que também era dono do SBT, morreu em decorrência de uma “broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1).”

Silvio estava internado havia 17 dias. Segundo o SBT, ele deu entrada na unidade no dia 1º de agosto para realizar exames que não podiam ser feitos em casa. Em julho, o empresário teve um quadro de H1N1.

O que é broncopneumonia e H1N1? Qual é a relação entre essas duas condições? Como preveni-las e tratá-las? E por que os idosos têm maior risco de adoecer — e morrer — por causa delas?

O que são broncopneumonia e H1N1? Como essas condições estão relacionadas?

Broncopneumonia: é uma inflamação que afeta as estruturas internas do pulmão, como bronquíolos, brônquios, alvéolos e, em alguns casos, a pleura. Essa condição pode ser causada por vírus, como o H1N1, fungos ou bactérias.

Ela é mais comum em idosos, como no caso de Silvio Santos, que são mais suscetíveis a desenvolver formas graves da doença, incluindo complicações como abscessos pulmonares, acúmulo de pus entre os pulmões e a parede torácica, infecções generalizadas, insuficiência respiratória e lesões pulmonares severas.

Essa maior vulnerabilidade está relacionada à imunossenescência, que é o enfraquecimento gradual do sistema imunológico devido ao envelhecimento.

Além disso, a gripe pode agravar outras condições de saúde, como hipertensão e diabetes, dificultando a recuperação.

H1N1: também conhecido como Influenza A ou gripe suína, é um tipo de vírus da gripe que combina diferentes cepas, incluindo a gripe aviária.

Originalmente ligado a porcos, ele pode ser transmitido entre humanos através de secreções de pessoas infectadas.

O H1N1 é uma forma agressiva da gripe e pode causar complicações graves, incluindo a morte, segundo o Ministério da Saúde.

Entre 2009 e 2010, o vírus causou uma pandemia, resultando em estimativas de 151 mil a 575 mil mortes, segundo um estudo publicado na revista médica The Lancet Infectious Diseases.

A doença surgiu em abril de 2009, no México, e se espalhou rapidamente pelo mundo.

No Brasil, a gripe H1N1 foi responsável por mais de 2 mil mortes em 2009.

Quais são os sintomas e tratamento?

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os principais sintomas da broncopneumonia incluem tosse com secreção (às vezes com sangue), febre alta (podendo chegar a 40°C), calafrios, falta de ar e dor no peito ao respirar.

O tratamento consiste em anti-inflamatórios, antibióticos (se a causa for bacteriana), medicamentos para aliviar os sintomas e fisioterapia respiratória.

Em casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar, pois a broncopneumonia pode ser fatal.

Se uma pessoa apresentar febre alta, dor no peito ou dificuldade para respirar, é crucial buscar atendimento médico, especialmente em casos de crianças, idosos, pacientes imunodeprimidos ou com doenças crônicas.

O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, exame clínico, raio-X de tórax e, se necessário, exames adicionais para identificar o agente causador.

Como prevenir?

A prevenção da broncopneumonia envolve práticas simples, como lavar as mãos, evitar o tabagismo e aglomerações. A vacinação contra a pneumonia pneumocócica pode prevenir formas mais graves da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe (Influenza A ou H1N1) pode reduzir as hospitalizações por pneumonia entre 32% a 45% e diminuir a mortalidade global entre 39% a 75%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que grupos mais vulneráveis, como gestantes, puérperas, crianças de seis meses a um ano, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade e pessoas com 60 anos ou mais, sejam vacinados.

Para os idosos, a vacinação contra a gripe pode reduzir em cerca de 60% o risco de pneumonia e diminuir em 50% a 68% o risco de hospitalização e morte.

Por BBC Brasil

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