Brinquedos e jogos pedagógicos fazem parte de um projeto itinerante destinado a alfabetização de crianças com Síndrome de Down (SD) em Santo Ângelo. A iniciativa partiu de professores e alunos do Curso Integrado em Manutenção e Suporte em Informática do Instituto Federal Farroupilha, campus de Santo Ângelo. São materiais concretos que constituem recursos didáticos, testados por um grupo de pais e mães e demais profissionais da educação, que levam os protótipos para casa, brincam com seus filhos e contribuem com a pesquisa, apontando aspectos positivos e questões a serem aperfeiçoadas.
O desafio continua
Uma roda de conversa realizada na última terça-feira, dia 24, integrou servidores do IFFar, professores de outras instituições, acadêmicos dos Cursos de Licenciatura em Computação e Sistemas para a Internet, psicopedagogos, pais, crianças com Síndrome de Down em um diálogo para troca de experiências a fim de aperfeiçoarem estes recursos didáticos. Também os acadêmicos da área da computação foram desafiados a pensar e desenvolver ferramentas digitais que possam contribuir com o processo de aprendizagem das crianças com SD.
Os recursos, que fazem parte do projeto itinerante, foram elaborado pelas professoras Cristiane da Silva Stamberg e Neiva Claudete Machado, a partir de atividades desenvolvidas na Prática Profissional Integrada (PPI) do curso técnico integrado de Manutenção e Suporte em Informática no ano de 2018 no IFFar de Santo Ângelo. Nesse ano, de 2019, o projeto passou a ser desenvolvido na forma de atividade de extensão, agregando mais famílias e profissionais do município de Santo Ângelo. Todos os recursos são construídos com materiais reutilizados e doações, contando também com 09 alunos que trabalham como bolsistas voluntários, pois o projeto não possui recurso financeiro.
Além de ser uma proposta desafiadora para professores e alunos, este projeto de extensão está proporcionando que as crianças com Síndrome de Down possam vivenciar uma experiência de alfabetização com a participação dos familiares, que de sua parte, contribuem com sugestões de aperfeiçoamento.
Deste modos, os brinquedos e jogos pedagógicos estão em constante aperfeiçoamento e avaliação, levando em conta a opinião dos pais e a particularidade de cada um. Os diálogos e a roda de conversa servem para aproximar os alunos em formação com as famílias e crianças que possuem a SD, pois são socializadas particularidades e contextos pessoais que ajudam entender as necessidades de cada uma delas.