A quantidade de incêndios atendidos na área do 11º Batalhão de Bombeiros Militar que abrange 38 municípios das regiões noroeste, missões e fronteira, aumentou 330%, quando comparados ao mesmo trimestre do ano anterior. Problema semelhante, porém bem mais grave é vivido na argentina, na região de Corrientes. As chamas das queimadas ardem por mais de 50 dias e no último sábado produziu cenas nunca vistas na história recente. Inclusive uma nuvem de fumaça que podia ser vista aqui da cidade de Santo Ângelo.
Uma nuvem de fumaça produzida pelo incêndio ocorrido na Argentina foi visualizada no horizonte de Santo Ângelo no sábado dia 19. Por volta das 18h20min o aspecto incomum da cor da nuvem denunciava que havia uma anomalia em curso. Estima-se que mais de 800 mil hectares tenham sido afetados em 50 dias de incêndios na província de Corrientes, onde cerca de 9% do território provincial foi queimado.
No sábado as chamas produziram imagens impressionantes quando atingiram plantações de eucalipto, pinos e campos nativos, evidenciando o problema que se prolonga há dias naquela região. Santo Tomé faz fronteira com São Borja e a cidade brasileira também foi atingida por um evento de incêndio em uma área de 40 hectares.
Segundo o Comandante do 11º Comando Regional de Bombeiros Militar, Tenente Coronel Venturella, na cidade brasileira o fogo teria iniciado na beira da estrada. Mas a longa estiagem que assola a regiões noroeste, missões e fronteira, e também a Argentina, na região de Corrientes, proporcionaram o contexto favorável para a propagação de chamas.
O fogo do lado brasileiro chegou a queimar três caminhões de uma cerealista e uma residência, pois incidiu próxima da área urbana do município, às margens da BR 472. Diante do iminente perigo e da possibilidade de perder o controle da situação, uma força tarefa uniu Corpo de Bombeiros, Produtores Rurais, Prefeitura, Brigada Militar no combate as chamas. Com uso de caminhões de combate a incêndio, aviões agrícolas, retroescavadeiras, entre outros equipamentos, foi possível controlar o fogo no lado brasileiro.
Um dos problemas detectados pela corporação dos Bombeiros é que os focos podem ter início em pequenas queimadas de lixo, estas fogueiras se alastram e ficam sem controle, é justamente neste momento que a guarnição é acionada e entra em ação.
A rotina do pelotão está bem movimentada na sede do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, ainda que, as ocorrências que envolvem resgate continuam ocorrendo e são a maioria dos chamados. A situação das queimadas é considerada estável no Rio Grande do Sul. Tenente Coronel Venturella destaca que a situação inspira cuidado, mas está sob controle.
Na argentina
Desde sábado (19.02) o Comando da Brigada Militar do Rio Grande do Sul tem prestado auxílio na Argentina, os incêndios estão devastando casas, galpões, plantações, maquinários e morte de animais. O trabalho inicia às 7hs da manhã, quando é realizado o mapeamento dos focos e a partir daí são despachados para diversas localidades, na preservação de vidas e de patrimônio. Ao anoitecer, as equipes trabalham na retirada da população que está em área de risco. Os trabalhos seguem com a renovação das equipes até o término da operação de apoio aos vizinhos Argentinos.
Atualização
Bombeiros do CBMRS, integrados com bombeiros argentinos comemoram a chuva que cai na Provincia de Corrientes, Argentina.
Confira o vídeo no Instagram da CBMRS 11º BBM