Médico de Santo Ângelo afirma que o tratamento precoce de pacientes modificará a história do Covid-19 no Estado

O cirurgião vascular Rafael Fontoura afirma que daqui a quinze dias o número de internações e de pessoas na UTI será menor em Santo Ângelo e a modalidade...

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O cirurgião vascular Rafael Fontoura afirma que daqui a quinze dias o número de internações e de pessoas na UTI será menor em Santo Ângelo e a modalidade de tratamento precoce de pacientes com o novo coronavírus adotado na UPA da cidade será um modelo viável e adotado em outros centros de tratamento no Rio Grande do Sul

A afirmativa foi realizada na manhã de segunda-feira, dia 6, em entrevista na Rádio Santo Ângelo. A certeza do médio tem base na experiência de enfrentar o surto de Covid-19 no Lar da Velhice Izabel Oliveira Rodrigues. Neste lugar o morador mais jovem tinha 80 anos e a mais longeva 108 anos. Segundo o relato do médico o tratamento precoce baixou o índice de internação hospitalar e o estudo deste caso, comparado a outros semelhantes no mundo, incentivou os médicos, o secretário de Saúde do Município, Luis Carlos Cavalheiro e o Prefeito, Jacques Barbosa, a adotarem o mesmo protocolo de atendimento na UPA da cidade. Os profissionais e gestores de saúde esperam um promissor resultado daqui a 15 dias.

Segundo este profissional, todos os idosos realizaram um eletrocardiograma e exames básicos de sangue, como não havia protocolo de tratamento foi indicado a todos os infectados um coquetel de quatro medicamentos, ele relata que 12% foram para o hospital, mesmo percentual de mortalidade o que considerou um resultado muito eficiente. “Tive uma experiência muito gratificante no Lar. Sem protocolo pré-definido para este tipo de situação resolvemos medicar a todos e acho que foi uma das decisões mais acertadas”.

“Não é na UTI que a gente ganha do Novo Coronavírus”

Afirma Rafael ao mencionar as estatísticas de recuperados na UTI, na opinião dele o foco de tratamento não pode estar na exceção deve ser realizado de modo precoce e sem ideias preconcebidas, “não é focado a exceção, politizando ou ideologizando o tratamento médico que será encontrada uma solução. O médico vê com cautela a polêmica em torno de assuntos médicos e defende o debate científico com base em resultados práticos.

Rafael lembra do contexto dos pacientes do lar da velhice, onde foram infectados 29 idosos e nove (9) funcionários neste surto, todos os funcionários já estão recuperados e ocorreu uma taxa de mortalidade dos idosos na casa de 12%. Diante disso ele afirma que “devemos focar no tratamento das pessoas que desenvolvem o sintoma, tratar os casos iniciais com as medicações disponíveis”.

Além de afirmar que o coquetel de medicamentos que, inclusive indica a hidroxicloroquina, o médico dá outra declaração polêmica:

“O comércio está sendo punido, mas ele não é o vilão do contágio, não promove junções e aglomerações” .

Rafael afirma que “tem gente que pegou o vírus em jantinha, festinha, bar, aglomerações em pequenos espaços” e defende maior liberdade para exercício do comércio.

Hidroxicloroquina

Quanto a hidroxicloroquina Rafael disse que a dose é baixa e o tempo de ingestão é curto. Um dos kits de medicamento possui a cloroquina, além de existirem outras opções de medicação, uma vez escolhida essa via, há que se considerar que será um comprimido por dia, durante cinco dias e na opinião deste profissional da saúde não trará efeitos colaterais severos aos pacientes.

O médico concorda com a OMS que não indica o medicamento em casos graves, mas em casos leves e no estágio inicial ele acredita que pode salvar vidas e não sobrecarregar o sistema de saúde.

Por outro lado, Rafael também condena o uso de medicamento sem necessidade, no momento inoportuno e em doses não assertivas. O protocolo de atendimento em discussão, embora prescrito precocemente, não é um medicamento preventivo que deva ser tomado indiscriminadamente, como automedicação, todo paciente necessita de acompanhamento médico para observar as reações no organismo. Os efeitos colaterais não são descartados e nestas exceções o acompanhamento médico se torna indispensável para garantir a vida do paciente.

“Daqui duas semanas me chama de novo, vai diminuir a quantidade de internação no hospital, vai diminuir a quantidade de internação na UTI e vai ser diferente a história da doença e o exemplo que Santo Ângelo está dando para o Estado será copiado”.

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2 comentários

  1. Thais Responder

    Esse médico esqueceu de ler o código de ética da sua profissão… erá que cabe denuncia ao conselho por irregularidades éticas?

  2. NEIVA MENDES RODRIGUES Responder

    Parabéns Dr.Rafael Fontoura, muito interessante a reportagem. O Brasil precisa da coragem, patriotismo e profissionalismo, de enfrentar o vírus, através do tratamento precoce, ou seja, nos primeiros sintomas, evitando-se assim, a hospitalização e auto-medicação, cujo tratamento deve ser prescrito por médicos que cumprem seu juramento de salvar vidas.