Greve por tempo indeterminado na Inspetoria de Defesa Agropecuária deixa pecuaristas sem atendimento em Santo Ângelo. Na manhã de terça-feira, dia 26, as portas da unidade local estavam fechadas para o público.
Uma faixa do Sintergs – Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, informava sobre a greve e um cartaz impresso orientava o público sobre a vacinação contra Febre Aftosa.
Neste período (até o dia 30 deste mês) está se efetivando a 2ª Etapa da vacinação contra febre aftosa. Depois disso, os produtores rurais e pecuaristas devem apresentar a nota fiscal da compra das vacinas na inspetoria para realizarem a declaração de imunização do rebanho. O prazo para esta regularização é até 6 de dezembro. Com a greve por tempo indeterminado não é possível prever quando será possível realizar este procedimento.
Atualmente, o Rio Grande do Sul, é considerado zona livre de aftosa com vacinação. Em setembro, o Estado passou por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a retirada da vacinação. A Seapdr ainda aguarda a divulgação do relatório do ministério – enquanto a retirada não é confirmada, as etapas de vacinação ocorrem normalmente.
Atividades que não são consideradas essenciais foram totalmente interrompidas, inclusive em outras repartições públicas estaduais. A greve foi deliberada no dia 14 de novembro, segundo o sindicato os servidores públicos do Estado têm consciência da relevância dos serviços prestados à população, e, em função disso, manterão 30% das atividades consideradas essenciais em funcionamento, como determina a legislação.
Segundo o sindicato as razões para a greve são bastante conhecidas da população gaúcha:
• O persistente atraso no pagamento dos salários do funcionalismo,
• A falta de reposição salarial nos últimos cinco anos, que causa perdas superiores a 30% nos vencimentos;
• O pacote de reestruturação administrativa do Estado proposto pelo governo, que retira direitos adquiridos dos servidores públicos e precariza ainda mais a prestação de serviços à população, atingindo em cheio os mais pobres – funcionários ou não.