Preço da gasolina apresentou variação de R$ 0,37 centavos entre postos em Santo Ângelo na manhã de segunda-feira, 1º, e os consumidores iniciaram a semana surpreendidos por mais uma alta no preço da gasolina, óleo diesel e gás de cozinha. Segundo a Petrobras, seus preços são baseados no valor do produto no mercado internacional e na taxa de câmbio.
Um dos motivos do aumento está associado à política de livre mercado, que força o governo a realizar a abertura do capital da Petrobras para o mercado de ações. Neste contexto, o governo perde o poder de decisão política dentro e fora da companhia e o controle dos preços já não depende mais do governo. Vale lembrar, que este viés econômico sempre foi uma bandeira do atual Ministro da Economia.
O alto custo para o consumidor também está associado a carga tributária, principalmente o ICMS (estadual), PIS e Cofins (federal) pois apesar de adotar uma política de livre mercado o setor público só pode ser sustentado pelos impostos em vigor. O resultado (previsível) é o descontrole do preço diante de uma política cambial de desvalorização do real.
É importante o consumidor saber que a livre variação cambial é outra opção política econômica adotada neste governo, como afirmou a Petrobras. Este é um dos principais fatores que influencia diretamente no preço que pagamos e também está associado a política de liberdades econômicas. Quando ocorre a desvalorização do real frente ao dólar, aumentam, ainda mais, os preços de vários itens, tanto dos eletrônicos, quanto de computadores, celulares, remédios, combustíveis, entre outros. Uma das opções deste tipo de economia (avalizada pelo voto) é não interferir no câmbio e deixar que o mercado se autorregule.
Isso significa que estamos sujeitos a interferências do mercado internacional. Por outro lado, produtores brasileiros de soja e demais produtos considerados “commodities”, (que possuem cotação nas bolsas de comércio internacional) lucram alto com esta política. Pois seus produtos vendidos com base na cotação do dólar (mantido a patamares altos) são valorizados, inclusive no mercado interno. Pois bem, é o que ocorre com a soja, que está sendo comercializada a preços nunca obtidos pelos produtores. Neste sentido os produtos in natura vendidos pelo Brasil ao mundo ajudam o País a equilibrar a balança comercial, mas no entanto, o poder aquisitivo da população é achatado, pois a conjuntura não é favorável para as populações de média e baixa renda.
A Petrobras também alerta que “os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”
Edição | Marcos Demeneghi