Este tipo de manifestação é realizado anualmente e procura sensibilizar a sociedade e classe política para os desafios vivenciados pelos pequenos produtores e trabalhadores do meio rural. É liderado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag, Regionais Sindicais e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais
O Grito da Terra (2022) foi antecipado de março para o dia 16 de fevereiro, uma das razões está associada a necessidade de políticas efetivas para minimizar os efeitos da estiagem, pois na avaliação das lideranças da FTAG e do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Ângelo, Daniel Casarim, são necessárias ações urgentes para socorrer famílias que, além de perderem a safra de milho, soja e pastagens, ainda estão com dificuldade de colher alimentos para a subsistência, como mandioca, abóbora, hortaliças, entre outros produtos alimentícios cultivados em pequenas lavouras e hortas.
Agricultores interessados em contribuir com as pautas da FETAG podem procurar o Sindicato Rural de Santo Ângelo que está organizando o deslocamento por meio de ônibus até a cidade de Ijuí.
O Presidente da Ferag, Carlos Joel da Silva explica que é urgente à necessidade de aumentar os prazos dos financiamentos e das dívidas desta classe de agricultores, esclarece que o momento exige auxílio emergencial para famílias em situação de vulnerabilidade e subsídios especiais para garantir a produção nas pequenas propriedades rurais.
A necessidade de desenvolver políticas voltadas para a construção de reservatórios de água e irrigação, sem barreiras burocráticas, é uma das reivindicações lembradas nesta época de falta de chuva.
O município de Santo Ângelo decretou situação de emergência. Não houve germinação de muitas lavouras, a produção de milho foi reduzida em 80% e até pequenas hortas que servem para a alimentação das famílias rurais não produziram. Animais tem dificuldade para matar a cede e a pastagem está praticamente toda seca.