A inflorescência da paineira e o som dos beija-flores na Rua Florêncio de Abreu

Os beija-flores faziam a festa na paineira localizada na antiga estação ferroviária e o som podia ser ouvido a alguns metros do local

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Foto: Marcos Demeneghi - Beija Flor pousa no galho da paineira da antiga estação ferroviária de Santo Ângelo, na Rua Florêncio de Abreu
Foto: Marcos Demeneghi – Beija Flor pousa no galho da paineira da antiga estação ferroviária de Santo Ângelo, na Rua Florêncio de Abreu

Quem passou pela Rua Florêncio de Abreu no início desta semana pôde observar a exuberância das flores de uma paineira plantada na Antiga Estação Ferroviária, atualmente Museu Ferroviário e Memorial da Coluna Prestes, mas também, teve a oportunidade de ouvir o som característico dos beija-flores, talvez dezenas deles.

Os beija-flores faziam a festa na paineira e o som podia ser ouvido a alguns metros do local. Eles são leves e ágeis, mesmo assim, é possível observa-los, são vistos pousados nos galhos, sobrevoando a copa desta espécie e principalmente aproveitando o néctar das flores.

A quantidade de mamangavas também é observável e digna de uma nota, pois a atividade desta espécie de inseto também era visível no momento da foto, que foi registrada na tarde de segunda-feira, dia 11.

A paineira

A paineira é uma árvore de grande porte, pode atingir até 30 metros de altura, é facilmente reconhecida, pois possui um caule cinza esverdeado, que inclusive tem capacidade de sintetizar clorofila. Possui ainda acúleos, ou seja, espinhos curtos e grossos, principalmente nos caules mais jovens.

As folhas caem na época da floração e as flores possuem cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Há uma variedade menos comum, com flores brancas, depois da florada é época dos frutos que expõem as painas como flocos de algodão em seus ramos. O nome científico desta espécie é Ceiba speciosa.

A alimentação dos beija –flores é feita de pequenos invertebrados e do néctar das flores. Podem realizar grandes migrações em épocas de escassez de alimento, podendo viajar por mais de 100 km. Durante a muda, aumentam o consumo de invertebrados, pois o consumo de proteínas é importante na fabricação de novas penas com cores vibrantes. A interação entre os beija-flores e as plantas originou diversas especializações para ambos os organismos, de modo que alguns estudos associam correspondência entre a morfologia de estruturas florais com a morfologia destas aves. Os agentes polinizadores são extremamente importantes para a reprodução das plantas que necessitam destes animais na dispersão e captura do pólen.

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Fotos: Marcos Demeneghi
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