Quem passou pela Rua Florêncio de Abreu no início desta semana pôde observar a exuberância das flores de uma paineira plantada na Antiga Estação Ferroviária, atualmente Museu Ferroviário e Memorial da Coluna Prestes, mas também, teve a oportunidade de ouvir o som característico dos beija-flores, talvez dezenas deles.
Os beija-flores faziam a festa na paineira e o som podia ser ouvido a alguns metros do local. Eles são leves e ágeis, mesmo assim, é possível observa-los, são vistos pousados nos galhos, sobrevoando a copa desta espécie e principalmente aproveitando o néctar das flores.
A quantidade de mamangavas também é observável e digna de uma nota, pois a atividade desta espécie de inseto também era visível no momento da foto, que foi registrada na tarde de segunda-feira, dia 11.
A paineira
A paineira é uma árvore de grande porte, pode atingir até 30 metros de altura, é facilmente reconhecida, pois possui um caule cinza esverdeado, que inclusive tem capacidade de sintetizar clorofila. Possui ainda acúleos, ou seja, espinhos curtos e grossos, principalmente nos caules mais jovens.
As folhas caem na época da floração e as flores possuem cinco pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas. Há uma variedade menos comum, com flores brancas, depois da florada é época dos frutos que expõem as painas como flocos de algodão em seus ramos. O nome científico desta espécie é Ceiba speciosa.
A alimentação dos beija –flores é feita de pequenos invertebrados e do néctar das flores. Podem realizar grandes migrações em épocas de escassez de alimento, podendo viajar por mais de 100 km. Durante a muda, aumentam o consumo de invertebrados, pois o consumo de proteínas é importante na fabricação de novas penas com cores vibrantes. A interação entre os beija-flores e as plantas originou diversas especializações para ambos os organismos, de modo que alguns estudos associam correspondência entre a morfologia de estruturas florais com a morfologia destas aves. Os agentes polinizadores são extremamente importantes para a reprodução das plantas que necessitam destes animais na dispersão e captura do pólen.