Patrimônio Público está ocioso e criando mato

Espaço elaborado para a recreação e lazer dos Servidores da Prefeitura de Santo Ângelo está em desuso, como consequência, o mato cresce e as instalações prediais apresentam sinais...

1884 0

A antiga sede campestre da SIMSA – Sindicato dos Municipários de Santo Ângelo está em estado de abandono. Além da vegetação que cresce na área e o desperdício de uso da infraestrutura das instalações, o lugar corre constante risco de invasão, inclusive por usuários de droga, fato que gera insegurança para os moradores. A situação se agravou a partir de 2012, quando a direção do sindicato da época tinha dificuldades de gerir a sede e devolveu a área para a Administração Municipal.
A sede campestre possui uma cancha de bocha, um salão com banheiros e espaço para cozinha, campo de futebol (invadido por ervas daninhas) e uma área de camping, entre outras instalações.

Espaço entre a cancha de bocha e o salão social - Foto - Marcos Demeneghi
Espaço entre a cancha de bocha e o salão social – Foto – Marcos Demeneghi

Devolução do patrimônio
A atual representante do sindicato, Marisa de Fátima Carvalho, esclarece que no ano de 2012, na Gestão de Volmari Carneiro, foram realizados as assembleias e trâmites necessários para formalizar a devolução desta área para a prefeitura, no entanto, Marisa defende a ideia de utilizá-la para um projeto habitacional que beneficie os servidores públicos.
Naqueles anos a direção do sindicato alegou falta de condições financeiras para gerir o espaço e arcar com as contas de água, luz. A atual presidente afirma que já realizou audiências com a Administração Municipal que ficou de analisar o caso.
Marisa compreende que todo o investimento realizado ao longo dos anos, por esta classe de servidores públicos, não pode ser desperdiçado. A sindicalista reforça a ideia de retomada da posse legal para realizar um projeto voltado para os servidores.

Tentativa recente de manutenção e uso
No ano de 2019 a Associação de Moradores do Bairro Sagrada Família aproveitou a ociosidade do espaço para realizar um projeto social em que eram ministradas oficinas de capoeira, danças urbanas, teatro com a colaboração de voluntários. Neste período a sede serviu para a realização de confraternizações comunitárias.
Houve o engajamento das pessoas da comunidade e um grupo de 50 crianças e adolescentes frequentavam as atividades, principalmente nos sábados pela manhã. Em contrapartida, mantinham o corte da grama e a limpeza mínima daquele espaço campestre.
Estas atividades eram orientadas pelo líder comunitário Ademar Bardo, que foi eleito como presidente da associação pelos moradores, na visão desta liderança, sem a posse da sede os moradores não têm a liberdade de administrar projetos e firmar parcerias. Portanto, na opinião destes moradores eles não podem investir recursos próprios na manutenção, pois não sendo proprietários do lugar correrem o risco de perderem todo o esforço por falta de regulamentação.
Enquanto não é definido um uso que atenda os anseios dos moradores, servidores público e prefeitura, os conflitos de interesse continuam, em consequência disso, o mato cresce e o patrimônio fica cada vez mais deteriorado.

Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (1) (Copy) Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (10) (Copy) Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (13) (Copy) Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (23) (Copy) Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (4) (Copy) Sede da Associação dos Municipários de Santo Ângelo (7) (Copy)

Neste artigo

Participe da conversa