Um político e dois religiosos na Avenida Getúlio Vargas

A Série Personalidades percorrerá as ruas da cidade em busca de monumentos que fazem referência à personalidades históricas. Pessoas que ganharam reconhecimento dos Santo-angelenses e monumentos no espaço...

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Ao percorrer a Av. Getúlio Vargas em Santo Ângelo vamos observar três monumentos. Dois deles são referência a lideranças do campo religioso é outro do campo político.

Padre Diogo Haze

Diogo Hasse (13) (Copy)
Quem acessa a cidade de Santo Ângelo pela Av. Ipiranga, chegará à rótula que permite transitar pela Rua XV de Novembro e Av. Getúlio Vargas. Esta característica urbana da cidade forma um espaço triangular onde podemos encontrar o monumento ao Padre Belga Diogo Haze.
Mesmo sendo considerado um dos principais monumentos da cidade, encontra-se sem identificação. Quem visita o local, não consegue identificar a obra, sua origem, ou, o objetivo de tal representação para os moradores.
O referido monumento encontra-se posto em uma base de concreto em forma de pirâmide, a imagem é esculpida em pedra grês e arenito rosa. Segundo informações publicadas em veículos de comunicação a homenagem foi construída em 1968, pelo escultor santo-angelense Olindo Donadel.
Segundo informações do diagnóstico turístico de Santo Ângelo, feito a partir de um levantamento de elementos do patrimônio turístico cultura da Região das Missões é possível obter a informação de que a estátua é uma referência histórica ao Pe. Diogo Haze, fundador da redução de Santo Ângelo Custódio no ano de 1706. Constituiu-se a última redução fundada na Banda Oriental do Rio Uruguai, pertencente aos Sete Povos das Missões. Abandonada ao acaso depois da Guerra Guaranítica, o espaço urbano da antiga Redução foi reocupado a partir de 1859. Começou assim a construção da moderna cidade de Santo Ângelo, emancipada em 22 de março de 1873. (IPHAN e URI).

Martinho Lutero

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Martinho Lutero também ocupa um lugar no espaço urbano de Santo Ângelo. Na zona norte, na outra extremidade da Av. Getúlio Vargas, próximo à rótula que dá acesso a Rua Universidade das Missões , podemos conhecer o largo Martinho Lutero, inaugurado no dia 31 de outubro de 2017. A implantação deste monumento foi uma das ações que marcaram 500 Anos da Reforma Luterana.
A imagem de concreto armado tem oito toneladas e com 4,5 metros de altura. O projeto foi proposto pelas igrejas de Confissão Luterana no Brasil e Evangélica Luterana do Brasil. O poder público cedeu o espaço e a instalação e ornamentação ficou por conta das comunidades luteranas de Santo Ângelo. A ideia era criar um espaço turístico, histórico, religioso e cultural para Santo Ângelo.
A estátua é uma obra de Miguel Arcanjo Dapper, de Cândido Godoi, o artista contabilizou 12 meses de trabalhando.
Na base do monumento é possível conhecer uma linha do tempo que mostra parte da biografia de Martinho Lutero (1483-1546). O monumento expõe também informações sobre a Reforma Protestante, considerado um movimento religioso cristão, que teve como partida a crítica às vendas de indulgências e outros abusos do clero da Igreja Católica.

Busto em homenagem
a Getúlio Vargas

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Também encontramos na avenida um busto do Presidente Getúlio Vargas e uma placa onde lê-se a “Carta Testamento” desta personalidade política que foi Presidente do Brasil durante dois mandatos.
O monumento foi instalado no ano de 1954. Conclui-se que o busto é anterior a escola que foi fundada no ano de 1961, na época denominada Escola Industrial Presidente Getúlio Vargas.
Portanto, o busto está naquele local em função do nome da rua. Monumento confeccionado em bronze e assentado sobre um pedestal de três níveis de concreto.
A obra foi uma designação do Governador Leonel Brizola. Ele teria sugerido que cada município do Rio Grande do Sul tivesse uma estátua em homenagem ao missioneiro são-borjense, ex-presidente do Brasil
Vargas governou entre 1937 e 1945, instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo. Getúlio Dornelles Vargas assumiu o poder em 1930, após liderar a Revolução de 1930, um governo marcado pelo nacionalismo e populismo. Fechou o Congresso Nacional no ano de 1937 e instalou o Estado Novo, governando de forma controladora e centralizadora. Criou o Departamento de Imprensa e Propaganda para censurar e controlar manifestações contra opostas ao seu governo. Perseguiu opositores políticos, principalmente, partidários e simpatizantes do socialismo.

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