De Trivela
Guayaquil
Na cidade de Guayaquil não existem problemas com a altitude como acontece em Quito (2.850 metros acima do nível do mar) que tantos desconfortos causam, principalmente em atletas, especialmente em jogadores de futebol. Pois o Internacional, em sua estreia na Libertadores, após abrir o marcador, parecia que estava atuando em Quito.
O time literalmente cansou, recuou em demasia, não conseguiu ter mais posse de bola e, no apagar das luzes, foi castigado com o empate. Faltaram pernas a determinados jogadores, especialmente a Índio e ao lateral Ney, que estavam enfastiados.
Bolatti
A estreia e a atuação do argentino Mário Bolatti agradaram a imensa nação colorada. Bolatti foi o dono da meia-cancha. Tranquilo, seguro e dono de uma técnica privilegiada. O gringo sabe marcar muito bem e ainda vai ao ataque mostrar aos atacantes como se finaliza com competência. Uma estreia de luxo de Mário Bolatti.
Matador
Desta vez, o matador não conseguiu balançar as redes adversárias. Apesar de sua imensa movimentação e participação, Leandro Damião desperdiçou nada menos que cinco oportunidades claríssimas de gol. Claro que o goleiro do Emelec contribuiu com defesas de puros reflexos, mas, cinco oportunidades desaproveitadas para um centro avante em uma competição equilibradíssima como a Libertadores é demais.
A principal delas foi uma cabeçada de Damião no centro do gol, bem onde estava o goleiro. Mas, o menino é bom de bola, tem créditos com a torcida. Um pouquinho mais de aperfeiçoamento nas conclusões e Damião dará muitas alegrias e dólares aos cartolas e seus empresários.
Número 1
Goleiro não pode falhar. Esta é a regra. Não há tempo para a recuperação. Lauro fez contra o Emelec duas grandes defesas, porém, nos segundos finais, entregou a rapadura. Precipitado, saiu mal do gol, aliás, ameaçou sair, ficou no meio do caminho e o equatoriano, meio que sem querer e ver, marcou.
A bola bateu nas suas costas, e onde estava o goleiro Lauro? Sabem? Na marca do pênalti, atônito, perdido, vencido. A camisa número I virou um desafio. Lauro é distraído, Renan instável, Muriel muito jovem e Agenor que fez sucesso no Criciúma ainda não recebeu oportunidades. Vou ficar na torcida que um desses quatros consiga vestir com segurança a camisa que já foi de Manga, Benítez, Taffarel e Clêmer.
Pensamento
“Se é capaz de aceitar o louvor sem vaidade, será também capaz de aceitar a correção sem ofender-se.” (Santo Agostinho)