Governo fecha turmas da rede estadual em Santo Ângelo

Suposta falta de demanda fecha, pelo menos, quatro turmas e força o início do processo de municipalização do ensino fundamental

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Fechamento de turmasEscolas da rede estadual tiveram turmas canceladas e nesta semana a 14ª CRE – Coordenadoria Regional de Educação trabalha para equalizar o problema. O fechamento das turmas, supostamente foi ocasionado pela falta de demanda, ou seja, pela falta de procura pelas vagas ofertadas aos moradores que estão na zona de atuação de escolas como: Abilio Lautert, Pedro Segundo, Unírio Carrera Machado, Esther Schroeder, entre outras.

Mas questões pertinentes a municipalização do ensino fundamental amparadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394, também estariam impactando na decisão do fechamento das turmas, inclusive o secretário de educação do Município recebeu do Governo do Estado do Rio Grande do Sul uma correspondência, questionando o executivo sobre o interesse em iniciar o processo de municipalização.

O secretário de educação do Município, Valdemir Ropke (Nanaco), estuda o caso em conjunto com o Prefeito Municipal, Jacques Barbosa e no mês de fevereiro deve ter um posicionamento oficial sobre a absorção gradativa da demanda na rede de ensino fundamental do Estado para o Município. Em um primeiro momento, o Secretário adiantou que há interesse em iniciar uma negociação, desde que haja cooperação entre as duas esferas, nesta possível cooperação, questões pertinentes a estrutura física e recursos humanos deveriam ser avaliadas, principalmente no período de transição.

Demanda fora do sistema
As equipes diretivas das escolas afetadas com o fechamento das turmas afirmam que existe a demanda e que ocorreu uma falha de comunicação. A comunidade escolar não compreendeu o processo de ingresso (candidatura) na rede estadual que foi totalmente informatizado. A inscrição deveria ser feita online de 06 a 30 de novembro de 2017, sendo que a matrícula está condicionada a inscrição, mesmo que efetivada no prazo de 02 de janeiro a 09 de fevereiro. Foi a primeira vez que o processo efetivou-se exclusivamente pela internet, sendo que a SEDUC levou em conta para fechar as turmas, somente o número de crianças e jovens inscritos no sistema informatizado.

Tentativa de reverter a situação
Contudo, as equipes diretivas das escolas afetadas estão reunindo documentos que comprovam o interesse da comunidade zoneada para a escola, a intenção dos diretores destas escolas afetadas é reverter a situação e reabrir a oferta na rede estadual. O processo com documentos e assinaturas está sendo encaminhou para análise da SEDUC.

Na Escola Abilio Lautert duas turmas estavam sem demanda no sistema: 1º e 6º ano do ensino fundamental. A Professora Doris Bohn acredita que a comunidade escolar estava desinformada quanto aos procedimentos necessários para realizar a inscrição, tendo em vista que foi o primeiro ano em que a secretaria de educação usou somente o banco de dados do sistema informatizado para efetivar a matrícula e distribuir as vagas, muitos pais deixaram para procurar a escola somente agora, que é um período de confirmação de vagas e ajustes. Muitas famílias não tem acesso a internet, o que dificulta ainda mais a adoção de novas metodologias de ingresso na rede estadual.  Casos semelhantes ocorreram em outras escolas. A redação do Jornal O Mensageiro tentou em vários momentos falar com a Coordenadora da 14ª CRE, Enida Teresinha Lange Sallet, mas não foi possível o contato.

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