Um antigo conhecido com novas cores

Projeto de pintura externa do Colégio Teresa Verzeri está em andamento. Nesta semana, enquanto a pintura dos muros era concluída as paredes já estavam sendo preparadas para receber...

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Imagem do projeto renderizado da fachada com as novas cores do Colégio Teresa Verzeri
Imagem do projeto renderizado da fachada com as novas cores do Colégio Teresa Verzeri
Capela Teresa Verzeri em celebração realizada no dia dos avós. Crianças e famílias presentes em julho de 2016
Capela Teresa Verzeri em celebração realizada no dia dos avós. Crianças e famílias presentes em julho de 2016

A parte externa do Colégio Teresa Verzeri está recebendo novas cores. A arquitetura do colégio é caracterizada pelos brises que permitem a incidência indireta de sol nas janelas, o tradicional marrom que cobria estas estruturas será substituído por tonalidades que compõem a logo da Rede Verzeri, amarelo, vermelho e azul. O processo de pintura foi iniciado pelos muros, e, nesta semana, as paredes da fachada já estão sendo preparadas para receber a nova cobertura de tinta.
O prédio está na memória visual dos moradores locais e pode ser considerado uma referência arquitetônica de Santo Ângelo. O projeto de pintura foi realizado por Mariane Limberger e Jonas Morschheiser da Metro² Arquitetura. Mariane é ex-aluna do Verzeri e confessou ser muito gratificante retornar a casa como uma arquiteta, contribuindo com a instituição que fez parte de sua vida.
A arquitetura do colégio, do modo que conhecemos atualmente, foi completa na década de 70. Naqueles anos foi necessário o reforço das estruturas de fundação, sapatas, foram feitas e vigas erguidas, entrelaçando todas as paredes, formando uma espécie de esqueleto estrutural. Nas vigas foram fixadas os brise-soleils (tradução literal do francês: quebra-sol) reforçando o tom de originalidade do prédio, e, consequentemente passou a formar uma referência visual e cultural.
A Diretora Maria do Carmo Uggeri, explica que, antes de qualquer coisa, a pintura é um processo necessário de conservação do patrimônio, deste modo, foi idealizado um projeto que transferisse para a fachada do prédio a alegria da escola. A dupla de arquitetos manteve nuances de cinza na base das paredes para que o colorido que compõem a cartela de cores da Rede Verzeri tenha destaque e mais identidade com todos que convivem naquele espaço. O projeto de pintura foi aprovado elogiado pelas Irmãs, pela direção do Colégio e aprovado pela associação de pais.
O Colégio Teresa Verzeri completa 85 anos em 2017, no ano de 1932 e constituiu a segunda escola da Congregação no Brasil, um ano antes em 1931, foi inaugurada a primeira escola da congregação em Três de Maio.

A capela
A Capela da escola é uma referência histórica e patrimônio cultural do Município, ela recebe visitantes de todo o Estado e foi a materialização de um “sonho” de Madre Catarina Lépori, que veio da Itália para o Brasil na segunda expedição de Missionárias. A arquitetura foi inspirada na Capela São Francisco de Assis, construída no subúrbio do Rio de Janeiro.
A Capela do Verzeri foi inaugurada em 2 de março de 1954 é ornamentada com pinturas do Italiano (Bergamo) Emilio Sessa. Considerado um muralista ativo no Rio Grande do Sul que veio para o Brasil no ano de 1948, aprendiz de Aldo Locatelli participou, como assistente das pinturas presentes no Aeroporto Salgado Filho e do Palácio Piratini. Sessa dedicou-se à pintura sacra, deixando murais em várias igrejas do estado. As pinturas da capela do Colégio Tereza Verzeri é uma das referências mais importantes de sua obra no Brasil, a capela possui pintura em todas as paredes e teto.
O projeto de restauro da Capela do Colégio Teresa Verzeri continua em processo de elaboração. A equipe encarregada cumpriu mais uma etapa de levantamentos, a fim de, concluir a descrição técnica que constará no projeto que será envio ao Ministério da Cultura. O projeto contempla reparos na estrutura física da Capela, restauração de rachaduras internas, restauro das obras artísticas do pintor italiano Emílio Sessa (1953/54), das esculturas, bancos e confessionários, parque, entre outros pertences do patrimônio. A Coordenação do projeto está com a produtora cultural, Odila Motta – MK Produções Culturais Ltda, que juntamente com os Arquitetos, Mariane Limberger e Jonas Morschheiser, da Metro² Arquitetura, Engenheiro Humberto Schmelling Marques, da Engemax, da Restauradora, Naida Maria Correa e da Arquiteta Marina Correa, da Restauratus de Porto Alegre. Ainda deverá integrar o grupo de técnicos, mas um profissional na área de restauros. Além destes profissionais, uma equipe do Instituto Emílio Sessa também estão engajados no processo.

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