Trinta e dois dias no escuro

O quadro escuro que ocupa o lugar do foto ilustra a situação cotidiana dos alunos e professores da Escola Estadual Augusto do Nascimento e Silva.

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Fundo negro (Copy)O quadro escuro que ocupa o lugar do foto, ilustra a situação cotidiana dos alunos e professores da Escola Estadual Augusto do Nascimento e Silva. Esta instituição é responsável pela educação formal de 850 alunos, aproximadamente 440 no noturno e o restante no diurno. Na última quinta-feira, dia 23, completou um mês que a rede de energia elétrica apresentou problemas graves e foi interditada.
Todo e qualquer equipamento, inclusive os telefones, não funcionam. Por este motivo, os alunos que estudavam a noite foram direcionados para outras escolas da rede.
Este quadro escuro retrata também, a escuridão que não permite enxergar a realidade. Existe uma necessidade urgente de acender as luzes da razão.
As atividades desta instituição de ensino são coordenadas por 63 professores e 15 funcionários. Sem energia elétrica, educadores, crianças e jovens frequentam as salas de aulas no escuro, somente com a luz das janelas e de suas lanternas.
A diretora Susana Kruel explica que o projeto do nova rede de energia elétrica está tramitando na Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, no entanto, ainda não foi marcada uma data para iniciar a obra.
Existe a necessidade real de acender as luzes da escola, no entanto, a burocracia institucional não permite perceber a “mais obvia” necessidade: “acender as luzes da educação”.
Olhe para os lados… a luz está na farmácia, no estádio de futebol, nos postos de gasolina, nos supermercados, nas novas lâmpadas de Led do espaço público, está nas lanternas dos celulares, nas telas do computador, e, é justo que estejam. Mas infelizmente falta na Escola Augusto do Nascimento e Silva.
Este quadro preto retrata o ápice de um processo de obscurantismo intelectualizado, no qual, a razão objetiva se apega em uma “normalidade burocratizada”. Neste “universo escuro”, as pessoas envolvidas se sentem incapazes de resolver um problema simples e concluímos que existe um processo generalizado que não permite ver sob a luz da razão, ou seja, enxergar a “a realidade dos fatos”, objetivo pelo qual este veículo de comunicação foi criado.

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