Previsão de seca histórica mobiliza o setor do agronegócio missioneiro

Falta de umidade afeta toda a cadeia produtiva de grãos e alimentos em Santo Ângelo. A conclusão é de agrônomos e lideranças ligadas a entidades que representam os...

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Falta de umidade afeta toda a cadeia produtiva de grãos e alimentos em Santo Ângelo. A conclusão é de agrônomos e lideranças ligadas a entidades que representam os produtores rurais. Na percepção destes especialistas, caso sejam mantidas as projeções de chuva, a região passará pela mais rigorosa e longa estiagem das últimas décadas

Em uma reunião com a defesa civil do município de Santo Ângelo foram definidas as primeiras ações para enfrentar o período de estiagem que se desenha nas missões. O encontro ocorreu na última quinta-feira, dia 12, e reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural, Secretaria Municipal da Agricultura.

O município se prepara para a decretação de estado de emergência, pois já há relatos de falta de água para animais na zona rural, atraso da implantação das lavouras de soja, comprometimento de 70% das lavouras de milho, em muitas delas com perdas totais. Segundo foi relatado nesta reunião a subsistência de grupos familiares que dependem da produção de insumos como mandioca, pepino e abóbora será comprometida.

O presidente do Sindicato Rural, Laurindo Nikitits, também informou que os mananciais utilizados para a irrigação de lavouras apresentam baixos níveis e já impõe dificuldades para os produtores que se utilizam deste recurso.

Neste encontro, o extensionista da Emater, Agrônomo Álvaro Uggeri, faz uma avaliação preliminar e descreve uma situação que pode levar a mais prolongada e prejudicial estiagem das últimas décadas, com consequências, “teremos perdas severas em toda a cadeia produtiva do município”. Além da estiagem comprometer as lavouras, produtores de soja têm compromissos de venda futura realizados a R$ 78,00 a saca de 60kg, destacando que o preço atual da saca está cotado na casa de R$ 168,00.
Chuvas abaixo da média em dezembro, janeiro e fevereiro

La ninha

Conforme o monitoramento climatológico, os modelos globais indicam que os meses de dezembro de 2020, janeiro e fevereiro de 2021 devem alcançar o pico do fenômeno La Niña, com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas. As pautas referentes a cada região do estado do Rio Grande do Sul foram debatidas e contextualizadas no diálogo com os representantes dos Comitês de Bacias presentes na 107ª reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (DRH), que ocorreu na tarde da última quarta-feira dia, 11.

A reunião teve o objetivo de alertar as regiões gaúchas para buscar alternativas para enfrentar o período. A reunião teve a transmissão ao vivo pelo canal da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no YouTube, o encontro foi presidido pelo titular adjunto da Sema e presidente do conselho, Paulo Pereira.

O diretor do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) da Sema, Paulo Paim, apresentou uma proposta com texto substitutivo para a revogação da Resolução CRH 273 que dispõe sobre critérios de restrição de uso nas outorgas para abastecimento humano. A pauta foi aprovada.

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