Foram retomados no início de agosto os trabalhos na AEA – Área Experimental Agronômica da URI Santo Ângelo. O espaço, uma área de 50×100 m no câmpus, possibilita estudos sobre diferentes cultivares, além de oferecer atividades práticas aos acadêmicos do curso de Agronomia.
Conforme relata a coordenadora do curso de Agronomia, professora Giselda Ghisleni, as atividades na AEA iniciaram com a delimitação geográfica e mapeamento, realizados pelos próprios acadêmicos no mês de junho. “Depois fizemos uma análise do solo, verificando quais eram as necessidades nutricionais”, conta. Com a conclusão dos estudos, iniciaram nesta semana as ações de correção do solo: na segunda-feira, dia 8, foi realizada a distribuição de três toneladas de calcário na área, doados pela empresa Sementes Lazarotto, para correção da acidez e do PH. “Ainda teremos que realizar a adubação química, para então dar início ao plantio das novas cultivares”, afirma a professora Giselda.
Atualmente, estão sendo cultivados na área nabo, aveia e azevém. Porém, estas variedades serão retiradas nos próximos dez dias, a partir de uma dessecação. “Depois disso passamos para o plantio das novas cultivares: milho, chia e soja”, comemora a professora.
O plantio do milho será realizado em setembro e utilizado para dois estudos: o primeiro, um projeto de Modelagem Matemática desenvolvido por uma estudante do Mestrado em Ensino Científico e Tecnológico, vai calcular o número de parcelas – espaços entre uma planta e outra – e o número de tratamentos pelo qual cada planta terá de passar; no segundo serão testados diferentes tratamentos para a mesma cultivar, com aplicação de nitrogênio, microgel e ambos.
No cultivo da chia, o estudo utiliza a metodologia de escalonamento de produção: a mesma cultivar será plantada em diferentes períodos, para análise de sua adaptação de acordo com a época. Neste caso os estudos devem começar em outubro.
Ainda, o cultivo de soja será analisado a partir de novembro: o mesmo tratamento será utilizado em diferentes variedades da planta, com posterior análise sobre sua resposta.
“O espaço da Área Experimental nos possibilita um grande aprendizado sobre as diferentes variedades, em projetos de pesquisa e extensão. É uma área muito importante para o aprendizado de nossos estudantes”, finaliza a coordenadora Giselda. Além da Sementes Lazarotto, o trabalho na AEA tem parceria com as empresas Laboratório Lassul, de Santo Ângelo, e Base Agricultura de Precisão, de Santa Maria.