Seriado Nostálgico
Na rápida passagem terrena, uns são lembrados por algum tempo, outros totalmente esquecidos. A receptividade dos leitores tem sido muito boa, o que me estimula a continuar recordando muita gente que cumpriu mais uma oportunidade reencarnatória neste solo missioneiro. De Florianópolis, a tabeliã aposentada, Dalcy Plinia Timm Meinerz, manda e-mail animador: “Querido Professor. Estou adorando o seriado nostálgico, faz relembrar tantas pessoas conhecidas. Um forte abraço saudoso.” A santo-angelense Dalcy trabalhou aqui no Cartório Lago Pinto e depois, até se aposentar, com o tabelião Ildefonso Homero Gonçalves Barradas, em Porto Alegre. Mas o Barradas, católico fervoroso, por vários anos foi o titular do Primeiro Tabelionato de Santo Ângelo. Falava-se por aqui no Cartório Barradas, no qual era muito popular o Adãozinho (Adão Henrique Franco).
O amigo Kurt Rainer Kiechle, que foi funcionário da Companhia de Cigarros Souza Cruz e vogal da Justiça do Trabalho, como representante dos empregados, hoje residindo em praia catarinense, conta que a filha formada em Ciências Jurídicas e Sociais em Santo Ângelo, a Valquíria, Juíza de Direito, é a atual diretora do Foro de Novo Hamburgo.
A função de juiz classista perante a então Junta de Conciliação e Julgamento foi extinta há vários anos. Os primeiros juízes classistas ou vogais, quando instalada a Junta, sob a presidência do magistrado Ronaldo José Lopes Leal, foram os advogados Irany Araújo dos Santos, pela classe patronal, e Arami Viterbo Santolim, pelos empregados. Arami era funcionário do Banco do Brasil.
Lá de Igrejinha, o amigo Harry Streppel volta a se comunicar pela via eletrônica, para lembrar do Suze, ou Suse, um arrumador de ossos quebrados, que residia na Rua Marechal Floriano, nas imediações do atual Hotel Debacco. Ele tinha bastante prestígio na cidade, embora não tivesse curso superior. O Harry acredita, e eu também, que muitos santo-angelenses passaram pelas vigorosas mãos dele, para colocar no lugar algum osso fraturado.
Na época do Suze não havia traumatologista na cidade. Depois surgiu o médico Nelson Ferlin. Em seguida, o Dr. João Eloy Meller, que, além da traumatologia, possuía sólida cultura geral. Ele era capaz de discutir com sacerdotes a Suma Teológica, de Santo Tomaz de Aquino, de igual para igual ou até mesmo com mais conhecimento. Era também um dos dois únicos sócios correspondentes da NASA no Rio Grande do Sul.
Na comunidade dos santo-angelenses do Facebook, outro dia foi recordado, com carinho, o motorista de táxi Valdir, que tem ponto há trinta anos na esquina da Rua 3 de Outubro com Antunes Ribas. De Capão da Canoa, Nara Helena Nunes disse que o Valdir fazia corridas para a dona Lia Sparta de Souza, viúva do conhecido médico e político Orlando Sparta de Souza, carioca de nascimento, que dá nome a uma escola municipal. Em seguida, a médica Joanine Kettner, trabalhando no Rio de Janeiro, destacou que ainda hoje sabe de cor o número do telefone do táxi do Valdir.
A FRASE DO CHICO XAVIER – Caridade é o amor que auxilia.