Os cachorros de Dalmo Reis acusaram a presença de algo atípico na propriedade que ele cuida, foi neste momento que ele se deparou com uma Cruzeira, uma das espécies de cobra venenosa da família das Jararacas. Este tipo de cobra é mais comum na Campanha, mas também é encontrada em outras regiões gaúchas. A cruzeira é uma cobra robusta, podendo atingir até 1,7 metro. Tem manchas características em forma de gancho de telefone. Nome científico: bothrops alternatus.
Mas o que fazer com um animal deste tipo? Dalmo mora em local afastado e próximo de uma mata nativa, possui experiência e habilidade suficiente e acabou reconduzindo o animal para um mato próximo.
Mas a população deve ter cuidado com este tipo de réptil, pois quando acuado e fora de seu habitat natural ele pode picar o ser humano como defesa e causar sérios danos à saúde. Rafael ramos que atende na Secretaria do Meio Ambiente disse que a secretaria não tem pessoas habilitadas para realizar a captura destes animais e somente a Polícia Ambiental tem ferramentas para captura-lo com segurança.
A Sd. Cristina, do Pelotão Ambiental de Santo Ângelo afirmou que o efetivo, sempre que disponível, atende a população neste tipo de ocorrência. As cobras são recolhidas e posteriormente são reintroduzidas em seu habitat natural, em geral matas nativas mais afastadas dos centros urbanos. O telefone do Pelotão Ambiental é (55) 3312-1046.
Importância das cobras
Em sua maior parte estão no topo da cadeia alimentar. Portanto com um pequeno desfalque em sua população podemos ver uma superpopulação de espécies que seriam consumidos por elas.
Se alimentam, por exemplo, de roedores em geral, que, sendo bastante prolíferos se distribuem com rapidez pelo ambiente. Os roedores consomem muito e se aproveitam dos rejeitos de alimentos descartados por humanos e, com uma população aumentando, o ambiente não suportaria e seriam obrigados a invadir outros ambientes causando um verdadeiro desequilíbrio e incômodo aos humanos que vivem próximos daquela região. Por isso é importante o controle da população de ratos e outras presas pelas cobras.