Um dia de respeito aos finados

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Assim como outras datas são importantes para nossas vidas, o dia 2 de novembro, mais conhecido como dia de finados, também tem sua relevância, pois foi criado em homenagem às pessoas falecidas. O dia dos mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias relembrem seus entes falecidos.  Saudade é uma das palavras mais difíceis de conceituar. A sensação de perda, vazio e de saudade é algo muito freqüente para quem perde uma pessoa amada, sendo que se lembrar daqueles que se foram nem sempre é algo fácil.
Quando datas simbólicas se aproximam, esta sensação de vazio aumenta.  Uma das formas de abrandar as tristezas da alma é se ligando com estes por meio das orações e das lembranças positivas, sendo esta uma das formas possíveis para se elaborar o luto. Assim, o “Dia de Finados” serve como uma oportunidade para que familiares e amigos relembrem os seus entes e de alguma forma possam elaborar esta perda.
Na Capital das Missões, desde o dia de ontem, os cemitérios municipais têm recebido um número expressivo de pessoas que vieram para reverenciar os que estão em outro plano.
Conforme a viúva do saudoso cantor missioneiro Cenair Maicá, Geceli Maicá, a saudade só aumenta com o passar dos anos, sendo que nestes momentos de reflexão e de fé é possível abrandar um pouco desta saudade. “Meu esposo faleceu há 22 anos. Neste período a saudade é muito grande e o conforto é buscado na lembrança dos bons momentos vividos ao lado do familiar. O ato de trazer flores, embelezar o local onde está sepultado o ente querido é uma forma de estar em sintonia com o familiar. A fé em algo que vai além da morte, é o que conforta e dá ânimo para continuar vivendo”, revela.
Para a dona de casa Maria Zeli de Mattos Dutra, este momento de é muita reflexão, onde o que impera é a saudade. “Boa parte da minha família está sepultada no cemitério Sagrada Família, sendo assim, durante todo o ano venho fazer orações e reparos no jazido. Todavia, o dia de finados tem como função nos trazer a tona lembrança dos entes que fizeram o passamento. Por meio das orações, das flores e dos cuidados com a última morada dos meus familiares, eu busco uma forma de estar um pouco mais perto deles, isto de certa forma me conforta, já que a saudade é grande”, diz.
De acordo com o aposentado, Pedro dos Santos, estar cuidando do túmulo onde está sepultada sua mãe é uma forma de respeito e carinho. “Todos os anos eu e minha irmã viemos de Ijuí para prestar nossas orações na nossa falecida mãe que aqui está sepultada. Lavamos bem o tumulo, trazemos as flores favoritas dela e realizamos uma corrente de orações, sempre na certeza de que a morte é apenas uma passagem e um dia nos reencontraremos”, conta.

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