A Mocidade Alegre da São Carlos fala sobre a cultura afro e homenagea Nelson Mandela na Avenida do Samba

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A tradicional escola de samba Mociadade Independente do Bairro São Carlos, fundada pela carismática “Dona Nininha”, canta um samba enredo falando da cultura afro e de sua influência na constituição do brasileiro e da brasilidade. A agremiação, que hoje é presidida pela filha de Dona Nininha, Marisa de Fátima Schmidt, fala sobre a capoeira, o próprio samba, a religiosidade do povo afro e homenagea o icone da luta pela igualdade racial, o inesquecível Nelson Mandela, falecido em dezembro de 2013.
Trazendo para a avenida a garra da escola que nos anos de 1990 alcançou o vice-campeonato do Carnaval de Rua de Santo Ângelo, vêm para a Venâncio Ayres com 180 pessoas. Contando com duas alegorias, a escola fará seu desfile em sete alas. A bateria se apresenta com 40 integrantes. Os destaques deste ano serão Claudia e o cabeleireiro Ale Ferrari.
A rainha da escola é Raquel Nicoletti. O mestre sala e a porta bandeira é Choco e Paula.
De acordo com a presidente da Mocidade da São Carlos, Marisa Schmidt, o tema é de grande significado para a escola. “É uma honra para a Mocidade falar da cultura afro e de sua influência. Especialmente o fato de podermos homenagear o grande Nelson Mandela que foi um dos maiores vultos históricos e que tanto lutou pela igualdade de raças e pelos direitos human os”, finaliza Marisa.

Quilombo: da resistência negra à herança cultural

O meu pavilhão te espera
É a minha verde branco que chegou
Quilombo é raça, é comunidade
No embalo com a mocidade

Ecoa o refuar dos meus tambores
Com as bênçãos da Mãe África
Os negros tinham a sua cultura
E faziam as suas leis
Ao chegar ao Brasil encontraram a exploração
Sofrendo em senzalas
Não podiam fazer seus ritos de religião
E assim, sem liberdade
Só trabalhavam em forma de escravidão
Criaram a capoeira:
Uma defesa contra a opressão.

Tem batuque na senzala
Com vatapá e acarajé
Na batida do atabaque
Tem umbanda e candomblé
Vem sambar, festejar
Levantar poeira!
Cultura Afro brasileira!
Com braços fortes lutaram
Não sucumbiram à escravidão
Fugiram e formaram quilombos
Resgatando a sua tradição.
Símbolos de resitência,
guerreiros de bravura.
Contribuição pra formação
Da nossa cultura!
Vem festejar com a negritude no
resplandecer
De zumbi ao grtande Mandela
Trazendo luz de um novo amanhecer!

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