Interesses comuns e conflito de interesses

Cavalos que ajudavam manter uma área de campo com menos vegetação, agora causam incômodo para moradores do Condomínio Margarida

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Cavalos que ajudavam manter uma área de campo com menos vegetação, agora causam incômodo para moradores do Condomínio Margarida. 

A cidade cresce com a organização dos loteamentos. Eles reconfiguram o desenho urbano e aparecem conflitos inusitados. Na zona norte do município, existe uma área privada que foi transformada em loteamento, mas antes das residências, os campos de grama serviam de pasto para os cavalos, animais que se alimentavam soltos e ajudavam conter o crescimento exagerado do capim.

O dono dos cavalos, que não era o mesmo da área, se beneficiava do espaço e o proprietário não reclamava, pois, sem uma atividade produtiva naquela área, se beneficiava do pastoreio dos cavalos.

Mas agora, um conflito de interesses foi gerado pela mesma situação, pois os cavalos continuam neste mesmo espaço que está sendo adquirido e ocupado para servir de moradia para vários outros proprietários. Os novos moradores do lugar já não se beneficiam com o pastoreio, pelo contrário, têm a intenção de fazer o ajardinamento de suas casas e até cultivar uma horta, ficam incomodados com a invasão dos cavalos, com o cheiro das fezes e da urina.

“Esse lugar sempre foi dos cavalos! Já falam que maltratamos os bichos, tem toda esta polêmica e agora tu vem fotografar!” Disse o dono dos amimais que se sentiu ameaçado pela presença do jornalista. “Não maltratamos os cavalos, deixo eles amarrados e este espaço sempre foi deles!”

Do outro lado, os proprietários dizem que já reclamaram e nada foi feito, o problema não é resolvido. “Veja bem! Tu abre a janela domingo pela manhã e a primeira visão são os cavalos, sem falar do mau cheiro das fezes e urina. O vizinho plantou grama e ainda não conseguiu fechar o pátio”.

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O pastoreio já não agrada os novos morados, eles alegam que possuem a propriedade daqueles espaços, pagam os impostos e consideram injusta e imprópria a ocupação pelos cavalos, já o antigo morador, que sempre usou aquele espaço para esta atividade, se sente ameaçado, na sua percepção está garantindo o pastoreio e a saúde dos cavalos ao ar livre.

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