Impasse entre Governo e grevistas pode comprometer o andamento do ano letivo

Política de parcelamento deve continuar e a 14ª CRE convoca uma coletiva de imprensa para alertar sobre o possível comprometimento do ano letivo

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Coordenadora da 14ª CRE Tânia Santiago e a Assessora Pedagógica Norma Brigo
Coordenadora da 14ª CRE Tânia Santiago e a Assessora Pedagógica Norma Brigo

Impasse entre grevistas e Governo pode comprometer o ano letivo dos alunos da rede estadual de educação. A alerta foi da 14ª Coordenadoria Regional de Educação, que fez uma coletiva de imprensa para comunicar que o Governo do Estado não vai mudar a política de parcelamento, nem mesmo manter o transporte escolar após o dia 20 de dezembro.
Segundo levantamento da equipe da 14ª CRE a adesão a greve é parcial e a maioria dos professores não aderiram a greve, o Colégio Missões voltará a as atividades normais na segunda-feira e a Coordenadora Tânia Santiago fez um apelo aos pais que mandem os alunos para a escola.
A área de abrangência da 14ª CRE é composta por 38 escolas, 1524 professores, 300 servidores e 13.952 alunos, segundo a coordenadoria sete escolas pararam totalmente, sete parcialmente e 24 estão com aulas normais.
Na opinião da coordenadora os alunos não podem ser penalizados pela situação econômica do Governo do Estado e alertou aos professores quanto a necessidade de honrarem não só com 1000 horas aulas do ensino médio e 800 horas aulas do fundamental, mas também com a qualidade do ensino, garantindo todo o conteúdo e as devidas atividades pedagógicas que conduzem uma educação de qualidade.
A Coordenadoria convocou os diretores a abrirem as escolas para receberem aos alunos, caso estejam em greve, recomendou nomear outro servidor para a abertura da escola.

O que diz o sindicato
Em reunião com o Sindicato o Governo alegou não ter condições financeiras de pagar os salários em dia e de forma integral. O CPERS contestou todos os dados apresentados, inclusive com informações de estudos do Dieese que apontam o contrário: o governo tem sim dinheiro para pagar os educadores e demais servidores.
O Sindicato lembrou, mais uma vez, que o governo não faz nenhuma ação para combater a sonegação (R$ 7 bilhões) e a isenção fiscal (R$ 9 bilhões), bem como não contesta as perdas do Estado com a Lei Kandir (mais de R$ 48 bilhões). São recursos que deveriam ficar no Rio Grande do Sul e que auxiliariam, de forma significativa, a mudar o cenário atual.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiart Schürer, destacou que a situação financeira e psicológica da categoria piora a cada novo parcelamento. Desde o início do governo Sartori, as remunerações do funcionalismo já foram parceladas 21 vezes. A última, em agosto, foi a de menor valor pago: R$ 350,00. “Não podemos mais viver assim. Nem falamos mais em salário para viver e sim para sobreviver. O governo tem a obrigação de encontrar uma solução, uma saída”, desabafou a liderança, afirmando que o término da greve e do ano letivo está nas mãos do Governo.

Levantamento de adesão à greve
Missões – Normal
Onofre Pires – Greve Parcial
Pedro II – Normal
Tiradentes – Greve
Abílio Lautert – Parcial
Madre Catariana Lépori – Normal
Herbert de Souza – Normal
Sagrada Família – Normal
Santo Tomás de Aquino – Normal
Sparta de Souza – Greve
Ulysses Rodrigues – Normal
E.E.M. Buriti – Parcial
Dr. Augusto Nascimento e Silva – Parcial
Unírio Carrera Machado – Greve
Pres. Getúlio Vargas – Parcial
Odão Felippe Pippi – Normal
NEJA – Normal
Esther Schroder – Greve
Eugênio Frantz – Normal
Sargento Sílvio Delmar Hollenbach – Normal
Padre Traezel – Normal
Otto Flach – Normal
E.Técnica Estadual de Entre-Ijuís – Greve
Dr. Carlos Kruel – Normal
Theodorico Alves Teixeira – Parcial
Guaramano – Normal
João Przyczynski – Normal
João de Castilho – Normal
Padre Antonio Sepp – Normal
Romeu Koe’ju – Normal
Pedro José Scher – Normal
São Roque – Normal
N.S.do Carmo -Normal
Athayde Pacheco Martins – Normal
N.S.Perpétuo Socorro – Normal
São João Batista – Normal

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