Migrantes em busca de oportunidade de emprego e auxílio para emissão de Carteiras de Trabalho terão preferência de atendimento na agência de Santo Ângelo do FGTAS/Sine – Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social na próxima quinta-feira, dia 23.
O atendimento no FGTAS/SINE é das 8h às 14h:45min sem fechar ao meio-dia. A iniciativa desta quinta-feira, dia 23, integra a programação da 3ª Semana Estadual do Migrante e visa promover ações de cidadania para garantir direitos e fortalecer a participação social destas pessoas. A Semana Estadual do Migrante foi instituída pela Lei nº 15.367, de 5 de novembro de 2019.
Essa política tem como finalidade a discussão e promoção de programas de atenção à população migrante, desenvolver mecanismos de proteção e promover o debate para achar alternativas de empregabilidade e integração cultural.
Entre os anos de 2017/2019 foi percebido o aumento de pessoas vindas de outros países para a região de Santo Angelo, principalmente para trabalhar na indústria frigorífica. Argentina, Haiti, Senegal e Venezuela eram as principais nacionalidades de pessoas vindas em busca de trabalho, renda e melhores condições de vida. Mas especialmente alguns haitianos demonstraram mais dificuldade de adaptação, sendo que as barreiras linguísticas (de comunicação) eram impeditivos de colocação profissional e até de subsistência no município.
No ano de 2022 a quantidade de imigrantes que buscam emprego na agência local do FGTAS/SINE reduziu drasticamente. O Gerente Regional do FGTAS/SINE, João Borin, relembra que no ano de 2020 cerca de 150 migrantes procuraram atendimento, em 2021 foram 180, mas atualmente a procura é baixa.
No entanto, o fluxo de migrantes em algumas regiões do estado, como a metropolitana e serra, ainda inspira mais atenção e apoio, em todo o estado foram atendidos 15 mil imigrantes em 2020 e número semelhante em 2021.
Ações voluntárias em prol dos imigrantes
Diante do aumento das migrações, principalmente em anos anteriores, voluntariamente foram organizadas algumas iniciativas para os haitianos que chegavam em completa vulnerabilidade social e com dificuldades linguísticas.
Dois projetos são exemplos de ações que tentam promover o acolhimento dos migrantes em nossa comunidade. Destaca-se o ensino da língua portuguesa e o cultivo de hortaliças em espaços urbanos. Essas ações foram idealizadas e formalizadas pela Professora do Instituto Federal Farroupilha, campus de Santo Ângelo, Maria Aparecida Lucca Paranhos, com o auxílio de alunos e do próprio instituto.
A prática de ensino da língua portuguesa, bem como do cultivo de hortaliças em espaços urbanos tem se mostrado como uma alternativa para minimizar as barreiras linguísticas e culturais que muitas vezes impedem que os imigrantes alcancem seus objetivos ao migrarem para o Brasil. Chegam com o sonho de efetiva ocupação com trabalho e obtenção de renda para ajudar suas famílias.
Edição Marcos Demeneghi