A quantidade de incêndios atendidos na área do 11º Batalhão de Bombeiros Militar que abrange 38 municípios das regiões noroeste, missões e fronteira, aumentou 330%, quando comparados ao mesmo trimestre do ano anterior. Problema semelhante, porém bem mais grave é vivido na argentina, na região de Corrientes. As chamas das queimadas ardem por mais de 50 dias e no último sábado produziu cenas nunca vistas na história recente. Inclusive uma nuvem de fumaça que podia ser vista aqui da cidade de Santo Ângelo.
![Foto - Divulgação 11º BBM](https://jom.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Icendio-na-Argentina-5-Copy.jpg)
Uma nuvem de fumaça produzida pelo incêndio ocorrido na Argentina foi visualizada no horizonte de Santo Ângelo no sábado dia 19. Por volta das 18h20min o aspecto incomum da cor da nuvem denunciava que havia uma anomalia em curso. Estima-se que mais de 800 mil hectares tenham sido afetados em 50 dias de incêndios na província de Corrientes, onde cerca de 9% do território provincial foi queimado.
No sábado as chamas produziram imagens impressionantes quando atingiram plantações de eucalipto, pinos e campos nativos, evidenciando o problema que se prolonga há dias naquela região. Santo Tomé faz fronteira com São Borja e a cidade brasileira também foi atingida por um evento de incêndio em uma área de 40 hectares.
![Nuvem de fumaça observada do município de Santo Ângelo no sábado, dia 19 de fevereiro/2022 - Foto - Marcos Demeneghi](https://jom.com.br/wp-content/uploads/2022/02/Incêncio-na-Argentina-Copy.jpg)
Segundo o Comandante do 11º Comando Regional de Bombeiros Militar, Tenente Coronel Venturella, na cidade brasileira o fogo teria iniciado na beira da estrada. Mas a longa estiagem que assola a regiões noroeste, missões e fronteira, e também a Argentina, na região de Corrientes, proporcionaram o contexto favorável para a propagação de chamas.
O fogo do lado brasileiro chegou a queimar três caminhões de uma cerealista e uma residência, pois incidiu próxima da área urbana do município, às margens da BR 472. Diante do iminente perigo e da possibilidade de perder o controle da situação, uma força tarefa uniu Corpo de Bombeiros, Produtores Rurais, Prefeitura, Brigada Militar no combate as chamas. Com uso de caminhões de combate a incêndio, aviões agrícolas, retroescavadeiras, entre outros equipamentos, foi possível controlar o fogo no lado brasileiro.
Um dos problemas detectados pela corporação dos Bombeiros é que os focos podem ter início em pequenas queimadas de lixo, estas fogueiras se alastram e ficam sem controle, é justamente neste momento que a guarnição é acionada e entra em ação.
A rotina do pelotão está bem movimentada na sede do 11º Batalhão de Bombeiros Militar, ainda que, as ocorrências que envolvem resgate continuam ocorrendo e são a maioria dos chamados. A situação das queimadas é considerada estável no Rio Grande do Sul. Tenente Coronel Venturella destaca que a situação inspira cuidado, mas está sob controle.
Na argentina
Desde sábado (19.02) o Comando da Brigada Militar do Rio Grande do Sul tem prestado auxílio na Argentina, os incêndios estão devastando casas, galpões, plantações, maquinários e morte de animais. O trabalho inicia às 7hs da manhã, quando é realizado o mapeamento dos focos e a partir daí são despachados para diversas localidades, na preservação de vidas e de patrimônio. Ao anoitecer, as equipes trabalham na retirada da população que está em área de risco. Os trabalhos seguem com a renovação das equipes até o término da operação de apoio aos vizinhos Argentinos.
Atualização
Bombeiros do CBMRS, integrados com bombeiros argentinos comemoram a chuva que cai na Provincia de Corrientes, Argentina.
Confira o vídeo no Instagram da CBMRS 11º BBM