Ações adotadas pela Secretaria de Cultura estão garantindo a organização e preservação do acervo do Museu Municipal Dr. José Olavo Machado e da chamada reserva técnica – elementos que não estão em exposição permanente, mas que estão cadastrados como bens patrimoniais do espaço cultural.
Um processo iniciado em 2017, no primeiro ano do atual governo, culminou na última semana, com a finalização da digitalização do acervo do museu, catalogado peça a peça, contendo a fotografia e informações como o número de registro, dados de identificação, procedência, data, forma de aquisição e tempo de utilização.
De acordo com a responsável pelo Museu Dr. José Olavo Machado, Clotilde Mousquer Farias, são mais de mil elementos catalogados instalados nas áreas interna e externa do espaço. O trabalho foi executado pela estagiária Olívia Martins, acadêmica do Curso de Licenciatura em Computação.
PRESERVAÇÃO
A reserva técnica de peças custodiadas no museu também recebeu atenção especial das servidoras. Os elementos que não estão em exposição permanente, principalmente a documental, suscetíveis à biodeterioração pela ação de agentes biológicos, tiveram a degradação contida, com ações criativas que garantiram o armazenamento adequado do acervo.
A primeira providência foi à substituição das estantes de madeira por metálicas. Depois, com muita criatividade, as peças foram isoladas com invólucros improvisados que impede o contato com organismos biológicos, perfeitamente acondicionados e protegidos de fungos, cupins e outros insetos, com a utilização de sachês de naftalina, folhas de louro e cravo e embaladas em tecidos especiais para a conservação, confeccionados pelas próprias servidoras.
Segundo Clotilde e a servidora do Museu Ana Vanderlita Bazzei, o trabalho de aplicação de técnicas museológicas para a preservação do acervo teve a duração de mais de um ano e garantirão a prorrogação da durabilidade das peças, detendo a degradação progressiva das coleções.
Entre os materiais custodiados pelo museu estão livros, documentos, fotografias, moedas, cédulas, bustos e outros que precisam de manutenção para a preservação. A maior parte das coleções de livros e documentos da reserva técnica apresentavam danos físico-mecânicos, amarelecimento do suporte, problemas de oxidação e corrosão das tintas, marcas, manchas de diferentes tipos e danos por agentes biológicos. E estava sujeito ao pó, fuligem, umidade e iluminação excessiva. Agora, explica Clotilde, os elementos estão acondicionados corretamente e protegidos do avanço da biodegradação.
Entre as peças do acervo técnico, está um missal, escrito em latim, datado de 1958, publicado pela Editora Taurini, de Roma, Itália.