O ozônio é uma molécula formada por três átomos de oxigênio. Sua produção pode ser feita de duas formas: por meio dos raios ultravioletas do sol, ou artificialmente por geradores, por meio de descargas elétricas de alta voltagem ou frequência. O ozônio tem um grande efeito de oxidação, por isto é chamado de oxigênio ativo. É um elemento natural da nossa atmosfera, com papel de proteger a Terra da incidência direta das radiações ultravioleta, e caracteriza-se por ser um gás com odores característicos ao de limpeza (lembra muito o cheiro de cloro), também instável e incolor.
A ozonioterapia é utilizada como auxiliar nos tratamentos de feridas extensas, lesões isquêmicas, principalmente em pacientes com diabetes. O ozônio pode trazer efeitos ao organismo como: desintoxicação do fígado, desintegrador de gordura (colesterol e os triglicerídeos), redutor do acido úrico, redutor da aglutinação dos glóbulos vermelhos. Ele melhora o fluxo de oxigênio e sangue, auxiliando contra infecções fúngicas, bacterianas e virais, porém não são todas as espécies de vírus, bactéria e fungos tratáveis por essa terapia.
Este procedimento foi aprovado em 2018 no Brasil pelo Ministério da Saúde, no entanto, é utilizada desde a segunda guerra mundial. Sua aplicação pode ser realizada de diferentes formas: via subcutânea, intramuscular, intradiscal, intracavitaria (espaços peritoniais e pleural), intravaginal, intrauretral, vesical e auto-hemoterapia ozonizada, porém, nunca por via inalatória. É importante destacar que este tratamento só pode ser praticado por um profissional de saúde.
O tratamento para o Covid-19 através do ozônio ficou conhecido pela iniciativa do prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), que fez uma live no Facebook, divulgando que adotariam a prática para os pacientes confirmados positivos para a doença. A ozonioterapia é uma prática médica alternativa, ou seja, não é um primeiro recurso. É usada para tratar as mais diversas condições de saúde, principalmente em diabéticos e pessoas com distúrbios respiratórios. E, embora o Ministério da Saúde tenha aprovado sua prática, o Conselho Federal de Medicina (CFM) definiu que a ozonioterapia é um procedimento que pode ser realizado apenas em caráter experimental, pois não apresenta evidências que comprovem sua eficiência, apesar dos muitos estudos já realizados.
Por: Caroline Martim de Almeida – Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas – Bacharelado/URI e Prof.ª Vanessa Backes Nascimento Diel