Falta de leitos na UTI do HSA repercute na comunidade

A quantidade insuficiente de leitos ativos de UTI – Unidades de Terapia Intensiva no município de Santo Ângelo chegou ao conhecimento público nas últimas semanas por conta de...

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A quantidade insuficiente de leitos ativos de UTI – Unidades de Terapia Intensiva no município de Santo Ângelo chegou ao conhecimento público nas últimas semanas por conta de dois episódios que chamaram mais atenção e provocaram o debate público, a população questiona o modo que este problema é tratado pela administração do hospital. 

HSA - Hospital Santo Ângelo Internação (Copy)

O primeiro caso que se tornou público é de um menino atropelado que precisou de tratamento na Unidade de Terapia Intensiva do HSA – Hospital Santo Ângelo, mas sem leito, os familiares recorreram a caridade da população para tratar da saúde do filho. Realizaram uma campanha nas redes sociais para pedir dinheiro e pagar os custos da internação em um leito disponível no Hospital da UNIMED.

O outro caso é a morte de uma idosa que apresentava insuficiência respiratória. Também não encontrou vaga de UTI no HSA. O modo que foi tratado o caso chocou os familiares que tornaram o caso público. Conforme o relatos, a paciente agonizava com insuficiência respiratória e o hospital alegou não ter condições de encaminhar para a UTI, nem mesmo para minimizar o sofrimento da paciente ou para um tratamento mais qualificado, por fim, a idosa faleceu.

O ex-vereador Vando Nolasco veio a público contar o que ocorreu, pois o episódio envolveu sua família. Segundo informou em uma entrevista pública, o fato envolveu a mãe de sua esposa. Neste relato ele implorou para autoridades buscarem uma solução para essa questão (falta de leitos ativos).

Esse ex-vereador relata que as pessoas mais pobres só podem contar com o atendimento público e estão desassistidas, chegam no hospital e não encontram um leito de UTI, pois um atendimento mais qualificado pode salvar a vida de seus familiares, ou pelo menos, dar mais dignidade no momento da morte. “Senti na pele que precisamos priorizar a saúde” disse Vando.

Manter os leitos de UTI ativos é considerado um processo complexo. Pois somente um leito ocupado ganha diárias do SUS e garante a sua manutenção financeira. Por outro lado, somente leitos “disponíveis” e com infraestrutura de equipamentos e equipe técnica qualificada garantem as vidas da população. A imprecisão em administrar este processo pode causar a morte de pessoas da comunidade, justamente por falta de atendimento qualificado. Somente os casos que vieram a público denotam a alta demanda pelos leitos neste período.

O frio e alta umidade tem mantido auto fluxo de pacientes em busca de socorro nos hospitais e unidades de atendimento em saúde, principalmente os casos que envolvem doenças respiratórias. “Eu só tenho a pedir que alguém tome uma providência” disse Vando, que questionou se é falta de recursos ou de falta de administração, tendo em vista que são anunciados regularmente recursos para o Hospital Santo Ângelo.

 

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