A retomada dos voos regulares de Santo Ângelo a Porto Alegre faz aniversário de um ano na próxima terça-feira, dia 3 de julho. Neste primeiro ano, já passaram pelas áreas de embarque e desembarque do Aeroporto Sepé Tiaraju, 20 mil passageiros.
São quatro voos semanais que fazem a ponte aérea com a Capital Gaúcha e mantêm ocupação superior a 80%. Diante da necessidade de qualificar o serviço oferecido aos passageiros, bem como aos familiares que os acompanham até o aeroporto, foi elaborado um projeto que prevê a construção de um novo terminal de embarque e desembarque e também adequações em uma das cabeceiras da pista, alteração em limites laterais da área e um novo Taxiway, local onde as aeronaves estacionam.
Exatamente as vésperas do aniversário da retomada das operações do Aeroporto Regional Sepé Tiaraju, representantes do Governo do Estado e Prefeitura Municipal assinaram na tarde de ontem, um protocolo de intenções que referencia o projeto de ampliação do aeroporto.
Durante a solenidade ocorrida no auditório da TecnoUri Missões, o Governo do Estado também recebeu da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) o anteprojeto para a ampliação e modernização do Aeroporto.
Os serviços estão orçados em R$ 38 milhões. Os recursos são da União, com contrapartida do Estado. Uma vez concluída a obra será possível oferecer rotas aéreas operadas por aviões maiores.
O Aeroporto Regional Sepé Tiaraju
Com 30 metros de largura e extensão de 1.615 metros, a pista do nosso aeroporto está apta a receber aeronaves que realizam voos regionais, atualmente o ATR-72 da Azul opera quatro voos com destino Porto Alegre. Além disso, são operados voos particulares de empresários e a serviço da Unimed.
Uma vez feitas as expansões previstas, o aeroporto poderá receber aviões que comportam mais de cem passageiros, como o Embraer 190.
Além disso, permite uma possível internacionalização do Aeroporto. No entanto, realizar voos internacionais demandam mais que estrutura física, ou seja, é necessário providenciar a instalação de órgãos de fiscalização sanitária e da Polícia Federal, aumentando o esquema de segurança e de fiscalização alfandegária.
O QUE CONTEMPLAM AS OBRAS
A execução do projeto elevará a categoria do aeroporto, com a construção de um novo pátio de estacionamento de aeronaves, com seis posições, além do terminal de passageiros, que passará a ter 1.210 m². Atualmente a área de embarque e desembarque possuí 390m².
Também será construída uma nova seção contra incêndio e atualizados os equipamentos de proteção e auxílio ao voo para atender a nova categoria do Sepé Tiaraju.
O anteprojeto está sob análise do Departamento Aeroportuário (DAP), vinculado à Secretaria dos Transportes. Após a aprovação, será assinado o termo de compromisso entre União e Estado.
A previsão é que a parceria seja firmada ainda no segundo semestre e a expectativa é de que as obras iniciem neste ano.
“O aeroporto fica lotado em dias
de voo, principalmente aos
finais de semana”
Mario Assis administra o aeroporto e conta que as atuais instalações foram adaptadas para a demanda atual, que atende voos regionais e aeronaves com até 70 passageiros. Mas as instalações originais foram projetadas para voos de até 30 lugares. Consequentemente a área disponível para o embarque e desembarque está no limite operacional.
Segundo o administrador, para receber os voos da Azul, foram feitas algumas adequações na área atual, como expansão das salas, o que reduziu a área de circulação. Outro fator que ainda restringe as operações de aeronaves maiores e a implantação de novas rotas é o tamanho do pátio taxiway, que atualmente comporta apenas um avião de grande porte.
Mário Assis relata sobre o sucesso dos voos, que apresentam uma taxa de ocupação da aeronave de 80%. Além disso, ele destaca que 60% dos viajantes fazem escala em Porto Alegre, mas seguem para destinos como São Paulo e Rio de Janeiro, evidenciando o potencial do aeroporto, que pode alçar voos mais altos.
Outra curiosidade percebida neste primeiro ano de retomada dos voos é de que o aeroporto recebe mais que os passageiros, acompanhantes, familiares e a comunidade que leva o chimarrão para observar os pousos e decolagens, o Sepé Tiaraju também tornou-se um atrativo para os moradores.
