A safra de melões 2018/2019 foi histórica para a família de Líria Maria Fonseca. Junto com o filho e o esposo, Luiz Carlos Christofari, cotidianamente buscam o aperfeiçoamento para potencializar a produção de milho verde doce, mandioca, hortaliças, morangos e especialmente o melão. As mudas das variedades de melão torreon e raimaq foram plantadas no dia 16 de outubro.
O aromático e adocicado melão é tradicionalmente cultivado na propriedade do casal que tem, pouco mais de 10 ha e está localizada no interior de Santo Ângelo, no Distrito de Ilha Grande. Estas pessoas ainda eram muito jovens quando observavam os pais plantarem os melões naquela localidade, portanto, o resultado deste ano é uma soma de experiência, aprimoramento da técnica de cultivo, boa genética das mudas plantadas, manejo adequado em todas as etapas da produção e um clima favorável.
“Muitos vizinhos que plantam melão reclamaram do clima, mas eu não posso me queixar” conta Líria ao dizer que neste ano ocorreram chuvas com regularidade e como as plantas estavam acostumadas com umidade, ela usou a irrigação para ajudar a sua plantação nos dias mais secos. Ela atribui o resultado a uma sequência de cuidados dispensados durante toda a produção.
Os melões são vendidos para supermercados e fruteiras da cidade, bem como diretamente ao consumidor em feiras improvisadas na praça da cidade. Só na manhã da última quinta-feira, dia 03, estavam disponíveis para a população que passava pela praça cerca de 625 melões, no dia anterior a família, afirma que trouxe um lote praticamente com a mesma quantidade e foram todos vendidos entre 6h 30min e 16h.
A colheita segue por mais 20 dias, mas vai reduzindo gradativamente. Os frutos são bem aceitos pela população e uma das dificuldades que produtores do interior do Estado, como Líria Fonseca encontram, é o transporte até a cidade, pois, trajetos curtos se tornam demorados, devido às condições das estradas de terra e pedra da zona rural.
