O sol que voltou no início da semana reflete nos manacás da serra que estão floridos em Santo Ângelo. O fato também denuncia que as 60 mudas da espécie que foram implantadas no ano passado na Av. Getúlio Vargas não brotaram e podem ter secado.
Esta árvore ornamental está entre as espécies implantadas em setembro de 2019 no canteiro central da Av. Getúlio Vargas por meio do programa Arborização + Segura da RGE – Rio Grande Energia. Apenas um exemplar mostra suas flores e o restante pode estar morto.
O programa da RGE implantou um total 600 mudas de diversas espécies incluindo onze ruas da cidade de Santo Ângelo. As demais espécies implantadas na mesma época, em sua maioria, estão vivas. No entanto, os Manacás da Serra que ocuparam o canteiro central da Av. Getúlio Vargas poderiam exibir suas flores pela primeira vez nas ruas de Santo Ângelo, estão com os galhos quebradiços e secos.
O período de pouca chuva registrado de janeiro a maio deste, bem como o solo compactado dos canteiros centrais da AV. Getúlio Vargas podem ter prejudicado o desenvolvimento da planta e ocasionado a morte das mudas, pois o Manacá da Serra é uma planta comum da Mata Atlântica encontrada no litoral de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro e gosta de um solo rico em matéria orgânica e de preferência, úmido e aerado como em seu habitat natural.
Os Manacás são facilmente identificados pela exuberância de suas flores, elas nascem brancas e vão mudando gradativamente de cor – para o rosa até atingir à tonalidade lilás.
Segundo informações disponíveis no site www.portalfranciscano, suas flores de duas cores são decorrentes do amadurecimento diferencial das partes masculina e feminina, sendo as brancas, recém abertas, funcionalmente femininas (recebem pólen de fora) e as roxas ou lilases são as flores velhas, masculinas, liberando pólen.
A característica das flores que mudam de cor deu origem ao nome da espécie: mutabilis, e a sua grande beleza originou o nome da espécie mais próxima: pulchra, bela em latim. Amplamente utilizada em paisagismo e também na arborização urbana, devido ao seu pequeno porte e baixa interferência em fios e calçadas.