O Rio Ijuí contorna Santo Ângelo e a geografia composta pelo curso de suas águas compõe uma paisagem única e até pouco explorada ou visitada pelos 79 mil habitantes do município. Há 3,6 quilômetros da Catedral Angelopolitana é possível chegar até a estrada que dá acesso a “Barca dos Gabriel”, um dos locais mais próximos do centro que permite a visão privilegiada das margens do rio em território urbano.
Bastam 10 minutos de carro ou de bicicleta, quem pratica caminhadas vai gastar 42 minutos. Mas a visão compensa, o trecho permite mirar o por do sol, o curso da água mansa e o movimento da natureza revelando uma das paisagens naturais mais belas do município. De tempo em tempo, a barca passa e revela o movimento humano que usa o transporte para atravessar as margens do rio. No trecho onde a embarcação atravessa carros e pessoas o Rio Ijuí tem aproximadamente seis metros de “fundura”, de uma margem a outra.
A largura do Rio é de aproximadamente 100 metros, mas apresenta variações entre 70m e 190m, do mesmo modo que a profundidade é variável, pode atingir 15 metros e eventualmente deixar as pedras à mostra em quase toda largura, como é o caso de pontos localizados na divisa de terras de Serra de Baixo e Atafona, ou entre a Ilha Grande e a Esquina Gaúcha.
A natureza está presente, ou pelo menos deveria estar, em toda a APP – Área de Preservação Permanente no entorno do Rio Ijuí que é convencionada em uma faixa de 100m. Nem sempre estes locais são de fácil acesso e se tornam inexploramos pela população, pois é necessário vencer estradas que passam por propriedades particulares.
Além disso o Rio Ijuí fornece água potável para cerca de 75% da população de Santo Ângelo. A Corsan capta em média 17.000m³ e a Estação de Tratamento ETA 2 está localizada no Bairro São Carlos, em outro ponto em que o rio passa próximo da área urbana.
A bacia hidrográfica do Rio Ijuí está situada a norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul passando por 37 municípios com uma população total estimada em 342 mil habitantes.
Código Florestal no art. 4º
I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
• a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
• b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
• c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
• d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
• e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
