Servidores da justiça estadual cruzam os braços

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Servidores da Justiça estadual das 164 comarcas no Rio Grande do Sul realizaram mobilização para reivindicar melhores condições de trabalho. Em Santo Ângelo 70% da categoria aderiu a paralização que transcorreu durante a quarta-feira, dia 09. Somente os servidores com cargos comissionados, estagiários, celetistas e terceirizados estavam trabalhando e as audiências já agendadas e medidas urgentes foram cumpridas.
A Comarca de Santo Ângelo abrange, Entre-Ijuís, São Miguel, Eugênio de Castro e Vitória das Missões.  O representante sindical da comarca de Santo Ângelo, Daniel Mafra Freiberger, disse que a manifestação se justifica pela falta de diálogo com a direção do tribunal de justiça. Ele afirma que os servidores “não tem plano de carreira, data base, falta de concurso público para preencher mais de 2000 cargos em aberto em todo o Estado”. Os Servidores alegam que receberam 7,16% de reposição salarial dividido em duas parcelas (julho e novembro).
Na carta aberta distribuída em frente ao Fórum as perdas salariais podem chegar até 45% e destacamos a frase: “Cruzaremos os braços por 24 horas, respeitando e atendendo os casos emergenciais neta data, garantindo 30% do efetivo nos cartórios, indo às ruas dialogar com a população e demonstrando as condições precárias que temos para encaminhar milhares de processos que lotam os cartórios”.
No dia seguinte a paralização o Sindijus – Sindicado dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul, fez um balanço da paralização. Segundo o sindicato, 80% da categoria aderiu a paralização e solicitou medidas concretas na tarde da última quinta-feira, dia 10. A presidência do TJRS, pediu por meio de um ofício abertura de mesa de negociação urgente. Tendo como pauta de reivindicações a discussão do Plano de Cargos e Salários, reabertura de debate sobre a jornada de sete horas, data-base já, reajuste do auxílio-alimentação, remuneração dos plantões, combate ao assédio moral e a limitação de contratação de estagiários e cargos em comissão, o que impede uma política concreta de valorização do servidor concursado.

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